A vice-diretora e curadora-chefe do Museu Guggenheim, Naomi Beckwith, comandará a 16ª edição da exposição quinquenal
O comitê de seleção da prestigiada exposição quinquenal alemã Documenta nomearam Naomi Beckwith como diretora artística da Documenta, que acontece uma vez a cada cinco anos em Kassel, Alemanha. A 16ª edição acontecerá no ano de 2027.
Ela é a primeira mulher negra a ser curadora da exposição em seus 69 anos de história, bem como a segunda curadora nascida nos Estados Unidos a comandar o festival de arte, depois de Carolyn Christov-Bakargiev, que foi responsável pela edição de 2012. A Documenta é comparável à principal exposição da Bienal de Veneza em termos de escala e prestígio.
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Vice-diretora e curadora chefe do Solomon R. Guggenheim Museum em Nova York, Beckwith já ocupou cargos de curadoria no Museum of Contemporary Art, Chicago, no Studio Museum no Harlem e no Institute of Contemporary Art na Filadélfia. Atualmente, ela está preparando uma grande retrospectiva de Rashid Johnson, que será inaugurada no ano que vem no Guggenheim. Seus projetos anteriores incluem supervisionar a aclamada exposição póstuma do estimado curador Okwui Enwezor, “Grief and Grievance: Art and Mourning in America”. Enwezor foi curador da Documenta 11, em 2002.
A honra de uma vida, segundo Beckwith
A Ministra de Estado da Cultura, Claudia Roth, afirmou que “A nomeação de Naomi Beckwith como diretora artística é uma notícia muito boa para a próxima Documenta. Com seu trabalho curatorial inovador e orientado internacionalmente, ela traz as melhores qualificações para fazer da próxima Documenta um sucesso com ressonância global. Sob a liderança de Naomi Beckwith, a Documenta tem a oportunidade de mais uma vez realizar plenamente seu potencial como uma das vitrines mais importantes de arte contemporânea do mundo”.
Em uma declaração, Beckwith chamou a nomeação de “a honra de uma vida”.
“A Documenta é uma instituição que pertence ao mundo inteiro”, ela disse, “tanto quanto pertence a Kassel, assim como uma instituição que está em diálogo perpétuo com a história, tanto quanto é um barômetro da arte e da cultura no presente imediato. Sinto-me honrada pela amplitude dessa responsabilidade e igualmente animada em compartilhar minha pesquisa e ideias com esta instituição histórica e generosa: uma que oferece espaço e tempo para foco, estudo profundo, exploração, experimentação e despertar para artistas, curadores e público”.
A nomeação de Beckwith marca a primeira vez que tanto a Documenta quanto a Bienal de Veneza — as duas principais exposições de arte do mundo — estão sob curadoria de mulheres negras. Koyo Kouoh, nascida em Camarões e que atualmente lidera o Zeitz Museum of Contemporary Art Africa na Cidade do Cabo, foi recentemente nomeada curadora da Bienal de Veneza de 2026.