Parte de um novo esquema estimulante, o projeto envolve dezenas de expositores que revelarão obras notáveis somente quando a feira abrir para o público geral da Art Basel Paris
A edição da Art Basel Paris 2024 lança uma iniciativa para que as galerias reservem uma seleção de obras notáveis que serão exibidas durante os dias da feira (após o preview VIP), permitindo que um público maior tenha acesso e, se tudo der certo, atraia os grandes colecionadores de volta aos corredores durante mais tempo.
Apelidada de Oh La La!, a campanha conta com pelo menos 35 expositores na seção principal da feira reservando “obras de arte incomuns, instigantes ou raramente exibidas” para mostrar em 18 e 19 de outubro, os dois primeiros dos três dias públicos da Art Basel Paris, após a conclusão da prévia para convidados em 16 e 17 de outubro.
David Wojnarowicz, Sem título, na galeria PPOW. Foto: JSP Art Photography; © Espólio de David Wojnarowicz
O burburinho em torno da edição deste ano da Art Basel Paris tem aumentado constantemente, principalmente entre os americanos. A edição de 2024 da feira será a primeira realizada no Grand Palais, agora que sua reforma de três anos e € 466 milhões foi concluída. No entanto, como diz o chefe de comunicações da feira, Karim Crippa, “Paris é uma cidade cheia de tentações além da Art Basel”. Oh La La! foi concebido principalmente como um tipo de contra-sedução.
“A ideia é realmente criar algo que seja talvez um pouco irreverente e chame a atenção para a feira em dias que não são tão visitados por VIPs, simplesmente porque há inúmeras outras coisas para fazer em Paris”, Crippa conta ao The Art Newspaper sobre a motivação por trás de Oh La La!
Oh La La! Art Basel Paris!
“Oh La La! reflete o espírito da Art Basel Paris. É a mais jovem de todas as feiras da Art Basel e, portanto, tem um pouco mais de liberdade para experimentar, testar coisas e ser um pouco mais irreverente – simplesmente, porque é uma feira francesa”, diz Crippa. “E como você sabe, os franceses adoram um pouco de irreverência.”
Embora a liderança da feira não tenha pedido aos expositores participantes para fazer a curadoria de seus trabalhos Oh La La! em torno de um tema específico, muitos deles selecionaram peças que por acaso lidam com amor, erotismo e outros tópicos que são “um pouco atrevidos”, diz Crippa, acrescentando que o fenômeno pode ser um efeito colateral do nome da iniciativa. “Oh La La!” não tem tradução direta para o inglês, mas estrangeiros conhecem a frase francesa como uma expressão de surpresa agradável, geralmente de natureza atrevida.
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Uma contribuição mais caprichosa e acessível à iniciativa será distribuída no estande da Anton Kern Gallery: uma série de pins estampados com a frase Oh La La!, feita pelo artista britânico David Shrigley, que é “conhecido por sua propensão a ser ousado”, diz Crippa.
Oh La La! “oferecerá ao público uma oportunidade de descobrir ou redescobrir a feira de uma perspectiva diferente”, disse Clément Delépine, diretor da Art Basel Paris, em um comunicado. “Os visitantes poderão vivenciar a arte que talvez não esperem ou associem ao ambiente típico de uma feira de arte”, continua sua declaração. “A Art Basel Paris conta uma história, e este será um de seus capítulos estimulantes.”
