O novo espaço da Fondation Cartier pretende possibilitar que os artistas tenham o seu máximo poder de expressão
A Fondation Cartier pour l’art contemporain de Paris, que está comemorando seu 40º aniversário este ano, revelou planos para sua nova sede em frente ao Louvre. Programado para receber visitantes em 2025, o clássico edifício Haussmaniano na Place du Palais-Royal está sendo reformado pelo arquiteto francês Jean Nouvel, ganhador do Prêmio Pritzker, que projetou a sede atual da fundação, uma estrutura elegante de vidro e aço no boulevard Raspail, em 1994. O edifício era conhecido por seu interior aberto e arejado e pela ausência de paredes divisórias internas, permitindo o fácil posicionamento de exposições.
Construído como parte da iniciativa de remodelação urbana de Napoleão III, o novo e elegante edifício da Fondation Cartier surgiu em 1855 como um hotel cinco estrelas, antes de ser transformado em uma loja de departamentos em 1863 e no Louvre des Antiquaires, lar de lojas de antiguidades e galerias, em 1978.
“Um local como este exige ousadia, coragem que os artistas podem não necessariamente demonstrar em outros espaços institucionais”, disse Nouvel em uma declaração. “A Fondation Cartier provavelmente será a instituição que oferecerá a maior diferenciação de seus espaços, as mais diversas formas de exposição e pontos de vista. Aqui, é possível fazer o que não pode ser feito em outro lugar, mudando o sistema do ato de mostrar.”
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Os planos de Nouvel para o exterior do edifício incluem enormes janelas, enquanto o interior contará com corredores flexíveis e plataformas móveis, permitindo que o espaço de 8.500m² seja adaptado conforme necessário. A planta baixa permite espaços verticais em camadas de até 11 metros de altura e incorpora arcos abertos imponentes e uma série de passarelas, das quais os visitantes podem ver os vários espaços.
A Fondation Cartier foi fundada em Jouy-en-Josas, França, em 1984, e mudou-se para Paris uma década depois. Ela possui cerca de 4.000 obras em sua coleção e recentemente recebeu exposições de artistas como Claudia Andujar, Matthew Barney, Malick Sidibé e Sarah Sze.