Os dados do Artnet Intelligence Report Year Ahead 2024 revelam detalhes do que vem acontecendo no mercado de arte
Através de uma análise aprofundada do desempenho do mercado do ano passado, a recente edição do Artnet Intelligence Report Year Ahead 2024 pinta um quadro baseado nos atuais dados do mundo da arte, desde os últimos resultados do leilão até os artistas e obras de arte que estão à frente do cenário.
Qual o volume em vendas de arte nos leilões em 2023?
Quais os países que mais se destacaram?
Quais as casas de leilão que lideraram o mercado?
A Sotheby’s superou a Christie’s na corrida pelas receitas, gerando quase 160 milhões de dólares a mais em vendas de obras de arte em 2023. Vale ressaltar que estes números não incluem vendas privadas e indicam receitas totais e não lucros.
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Qual o volume de vendas online no mercado de arte de 2023?
Um total de US$ 440,3 milhões em obras de arte foram vendidas de forma online nos leilões Sotheby’s, Christie’s, Phillips, Bonhams e Artnet em 2023. O total de vendas online em 2023 foi quase o triplo dos níveis pré-pandemia, e mais obras foram vendidas online no ano passado do que nunca (incluindo durante o confinamento). Isso sugere que o comportamento do comprador e do vendedor em relação às transações mudou virtualmente para sempre.
Qual o segmento que mais faturou?
O pós-guerra e o contemporâneo ultrapassaram o Impressionista e o Moderno no ano passado como a categoria mais lucrativa do mercado de arte. Todos os setores contraíram em 2023. O declínio mais pronunciado, depois do Imp-Mod, ocorreu na categoria Ultracontemporânea, com contração de 26%.
Quanto mais histórica for a categoria, mais os resultados serão determinados pela oferta e não pela procura. Grande parte das obras mais importantes dos Velhos Mestres e Imp-Mod estão em coleções de museus, mas sempre que aparecem resultam em preços elevados.
Qual a faixa de preços mais recorrente?
Durante sete dos últimos 10 anos, a faixa de preço de US$ 1 milhão a US$ 10 milhões tem sido o segmento mais lucrativo do mercado. O ano passado não foi diferente.
As vendas de arte nessa faixa diminuíram modestos 5% ano após ano, em comparação com a queda dramática de quase 40% nas vendas de arte avaliadas em mais de US$ 10 milhões. (A esta altura, você provavelmente pode adivinhar que a ausência de um patrimônio como a coleção de obras-primas de Paul Allen teve muito a ver com a queda no segmento mais alto do mercado.)
Entretanto, o segmento inferior do mercado registou um crescimento modesto: as vendas de arte na faixa dos 10.000 a 100.000 dólares aumentaram 3,1% ano após ano, enquanto a arte com preços entre 100.000 e 1 milhão de dólares cresceu 2,2%. Parte da resiliência deste segmento deve-se a maiores oportunidades de compra de arte online, onde os preços tendem a ser mais baixos.