Esta é primeira vez que uma feira de arte financiará uma exposição nacional na Bienal de Veneza
A feira de arte global e marca de revistas Frieze patrocinará o Pavilhão Britânico na 60ª Bienal de Veneza, que acontecerá entre 20 de abril e 24 de novembro de 2024. A parceria, que apoiará a Comissão do Conselho Britânico de John Akomfrah, marca a primeira vez que uma feira de arte fornece financiamento para um pavilhão nacional na Bienal, de acordo com um comunicado.
O apoio financeiro ao pavilhão britânico provém de uma combinação de fundos públicos, através do British Council, e de patrocinadores privados. A parceria de Frieze é “essencial” devido à “visão ambiciosa” do pavilhão de Akomfrah, que exigiu “maior apoio de patrocinadores e mecenas para cumprir a escala total de sua comissão”, disse o diretor de desenvolvimento do British Council, Andrew McGlynn.
Vista de Feeling Her Way, de Sonia Boyce, que ocupou o Pavilhão Britânico na Bienal de Veneza
O British Council “continuará a investir no pavilhão britânico ao mesmo nível que em 2022”, acrescenta McGlynn. Sonia Boyce foi a última artista a representar a Grã-Bretanha na Bienal; sua exposição, Feeling Her Way, ganhou o Leão de Ouro de melhor participação nacional.
A proporção do financiamento do pavilhão britânico por parte da Frieze não foi anunciada.
Representatividade no mercado de arte
Desde o início, o mercado de arte tem forte presença na Bienal de Veneza. Nos últimos anos, a influência das galerias comerciais nas exposições tem sido amplamente discutida. Mas embora se entenda que os negociantes vendem obras expostas na Bienal antes, depois e mesmo durante a mostra, os ganhos financeiros potenciais para uma feira de arte são menos aparentes.
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“Nada nas nossas feiras de arte pode ter impacto se não fizer parte de um ecossistema artístico mais amplo e saudável”, diz Eva Langret, diretora da Frieze London. Ela aponta uma série de outras colaborações institucionais recentes da Frieze, incluindo com o Instituto de Artes Contemporâneas de Londres (ICA), a Tate e a Arts Council Collection, como mais uma prova dos esforços da marca para “aprofundar a sua posição” neste ecossistema. O British Council, e não a Frieze, decidirá exatamente como o dinheiro será gasto, confirma Langret.
A Frieze também fornecerá suporte ao pavilhão britânico por meio de “conteúdo dedicado apresentando o pavilhão, bem como amplificação por meio dos canais sociais da Frieze”, de acordo com um comunicado.
