A edição semestral inaugural do Artnet Intelligence Report ilustra a turbulência – e as oportunidades – do mercado de arte atual
Depois de enfrentar um retorno ardente da pandemia em 2021 e 2022, o mercado global de belas artes perdeu um pouco de seu dinamismo neste primeiro semestre de 2023. É o que mostra a primeira edição semestral do Artnet Intelligence Report – publicado anualmente há cinco anos pela plataforma online.
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O relatório reflete os resultados de 391 casas de leilões em todo o mundo, no período entre 1º de janeiro e 20 de maio de 2023, e comparados com os resultados do mesmo período nos anos anteriores.
- 5 bilhões: total (USD) gasto em obras de arte em leilão entre 1º de janeiro e 20 de maio – uma queda de 14% em relação ao período equivalente em 2022
- 2,6 bilhões: soma (USD) gasta em obras de arte em leilão nos Estados Unidos nos primeiros cinco meses de 2023, até 20 de maio — consideravelmente mais do que em qualquer outro país.
- 10: número de mulheres entre os 100 artistas plásticos mais vendidos em leilão nos primeiros cinco meses de 2023. Isso é menos do que no ano passado mas, pela primeira vez, mais de uma mulher conseguiu entrar no top 20.
- -5%: declínio na receita das vendas online na Christie’s, Sotheby’s, Phillips, Bonhams e Artnet Auctions nos primeiros cinco meses do ano. O total continua mais de 300% maior do que em 2019, antes da pandemia mudar para sempre o jogo das vendas online.
- -51%: declínio na receita das obras de arte mais sofisticadas em leilão. Nos primeiros cinco meses de 2022, as obras com preços acima de US$ 10 milhões geraram um total de US$ 2,4 bilhões. Mas, à medida que o material extraordinário que se acumulou durante a pandemia começou a diminuir, as vendas nessa faixa de preços caíram para US$ 1,2 bilhão.
- 184,2 milhões: quantia de dinheiro (USD) gasta em arte ultracontemporânea – nosso termo para obras de artistas nascidos após 1974 – em leilão até 20 de maio de 2023. Isso representa uma queda de mais de 25% em relação ao mesmo período de 2022.
- 42.172: preço médio (USD) de obras de arte vendidas em leilão nos primeiros cinco meses do ano, com uma queda de 6% em relação a 2022.
- -22%: queda acumulada nas vendas totais geradas pelas três maiores casas de leilões — Sotheby’s, Christie’s e Phillips — ano a ano