Bienal de São Paulo divulga primeiros artistas da sua 35ª edição

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Entre ancestralidades e as diásporas, 35ª Bienal de São Paulo anuncia a primeira lista de artistas das coreografias do impossível

Sob o título de coreografias do impossível e curadoria de Diane Lima, Grada Kilomba, Hélio Menezes e Manuel Borja-Villel, a 35ª Bienal de São Paulo tem data prevista para setembro deste ano e deve apresentar uma potente seleção de artistas que demonstra como diferentes construções poéticas, estéticas e éticas engendram distintas geografias; temporalidades; e, relações entre o que é visível, invisível e espiritual.

Trazendo práticas artísticas de diferentes partes do mundo, esta edição “deseja construir espaços e tempos de percepção que desafiam a rigidez da linearidade do tempo ocidental. O que vemos nesse horizonte coreográfico são estratégias e políticas do movimento que essas práticas vêm criando para imaginar mundos que confrontam as ideias de liberdade, justiça e igualdade como realizações impossíveis”, afirma o coletivo curatorial da mostra.

Igshaan Adams, Desire Lines [Linhas de desejo], 2022, vista da instalação, The Art Institute of Chicago, Chicago, Estados Unidos. Cortesia do artista e The Art Institute of Chicago. © Igshaan Adams

Igshaan Adams, Desire Lines [Linhas de desejo], 2022, vista da instalação, The Art Institute of Chicago, Chicago, Estados Unidos. Cortesia do artista e The Art Institute of Chicago. © Igshaan Adams

Para os curadores, “o impossível refere-se às realidades políticas, jurídicas, econômicas e sociais nas quais essas práticas artísticas e sociais estão inseridas, mas, também, no modo como tais práticas encontram alternativas para driblar os efeitos desses mesmos contextos. Já o termo coreografia nos ajuda também a refletir como a ideia de mover-se livremente permanece no cerne de uma concepção neoliberal de liberdade. Em consonância com o próprio paradoxo criado pelo título, buscamos não caminhar ao redor de um motivo ou por núcleos temáticos, mas antes abrir espaço para uma dança contínua em que podemos coreografar juntos, mesmo na diferença.”

A lista inicial é composta por 43 nomes, sendo 37 artistas, quatro duplas e dois coletivos. A lista completa terá mais de 100 participantes e será divulgada ainda no primeiro semestre de 2023.

Os primeiros artistas anunciados são:

Aline Motta
Ana Pi e Taata Kwa Nkisi Mutá Imê
Anna Boghiguian
Ayrson Heráclito e Tiganá Santana
Bouchra Ouizguen
Castiel Vitorino Brasileiro
Daniel Lie
Dayanita Singh
Deborah Anzinger
Denilson Baniwa
Duane Linklater
Elda Cerrato
Elizabeth Catlett
Ellen Gallagher
Frente 3 de Fevereiro
Gabriel Gentil Tukano
Geraldine Javier
Igshaan Adams
Inaicyra Falcão
Julien Creuzet
Leilah Weinraub
Luiz de Abreu
Manuel Chavajay
Marilyn Boror Bor
Mounira Al-Solh
Nadal Walcott
Nadir Bouhmouch e Soumeya Ait Ahmed
Niño de Elche
Nontsikelelo Mutiti
Pauline Boudry e Renate Lorenz
Philip Rizk
Rolando Castellón
Rosana Paulino
Sammy Baloji
Santu Mofokeng
Sarah Maldoror
stanley brouwn
Tadáskía
Tejal Shah
The Living and the Dead Ensemble
Torkwase Dyson
Trinh T. Minh-ha
Wifredo Lam

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