A instituição apresenta “Basquiat x Wharhol, Painting 4 Hands” com mais de 80 obras assinadas em conjunto pelos dois artistas, celebrando a forte amizade e o espírito criativo destes ícones
Em 2018, a Fundação Louis Vuitton apresentou a exposição “Jean-Michel Basquiat” com mais de 700 mil visitantes. Agora, a Fundação continua explorando a obra de Jean-Michel Basquiat, desta vez com obras criadas em parceria com Andy Warhol.
Até 28 de agosto está em cartaz “Basquiat x Warhol. Painting 4 Hands”, a mais importante exposição já dedicada a esta produção conjunta. Com curadoria de Dieter Buchhart e Anna Karina Hofbauer, em colaboração com Olivier Michelon, curador da Louis Vuitton Foundation, a exposição reúne mais de 300 obras e documentos, incluindo 80 telas assinadas conjuntamente pelos dois artistas.
“Basquiat x Warhol. Painting Four Hands” também apresenta obras individuais dos dois artistas, ao lado de várias peças de outros artistas importantes, como Keith Haring, Jenny Holzer, Kenny Scharf e Michael Halsband, para transmitir a energia da cena artística do centro de Nova York dos anos 1980. A exposição é enriquecida por fotografias, entre as quais a famosa série fotográfica ‘Boxing Gloves’ de Michael Halsband, produzida para o cartaz da exposição de Jean-Michel Basquiat e Andy Warhol em 1985.
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Entre 1984 e 1985, Jean-Michel Basquiat e Andy Warhol criaram em conjunto cerca de 160 pinturas ‘à quatre mains’, incluindo algumas das maiores obras de suas respectivas carreiras. Keith Haring, que testemunhou sua amizade e colaboração, mais tarde falou de uma “conversa que ocorreu por meio da pintura em vez de palavras” e de duas mentes se fundiram em uma “terceira mente distinta e única”.
A exposição abrirá com uma série de retratos de Basquiat por Warhol e de Warhol por Basquiat, e continua com as primeiras colaborações. Estas obras, iniciadas pelo marchand dos dois artistas, Bruno Bischofberger, foram beneficiadas com a colaboração do artista italiano Francesco Clemente (n. 1952). Depois de completar essas quinze pinturas junto com Clemente, Basquiat e Warhol continuaram sua parceria quase diariamente, com entusiasmo e cumplicidade. A energia destas trocas incessantes é a força motriz da exposição, refletida em obras como Punching Bags (Last Supper) e a tela de 10 metros African Mask.
Basquiat admirava Warhol como um ancião, uma figura-chave no mundo da arte e um pioneiro de uma nova linguagem e de uma relação inovadora com a cultura pop. Warhol, por sua vez, encontrou em Basquiat um novo interesse pela pintura. Graças a Basquiat, ele voltou a pintar manualmente em grande escala.
A exposição mostrará essas conexões – um diálogo de estilos e formas que também aborda temas cruciais como a integração da comunidade afro-americana na narrativa da América do Norte – um continente no qual Warhol foi um dos principais fabricantes de ícones.