Metade dos artistas contemporâneos apresentados serão mulheres, com obras de Kudzanai-Violet Hwami, Bridget Riley e Tracey Emin

Mulheres artistas do século 17 até os dias atuais serão exibidas na Tate Britain quando a principal galeria revelar em maio a reformulação de suas coleções exibidas gratuitamente ao público.

Esta será a primeira vez em dez anos que a exposição da coleção nacional de arte britânica será reformulada. Os visitantes descobrirão mais de 800 obras de mais de 350 artistas, entre os favoritos e as descobertas recentes, além de novas aquisições e encomendas.

Como parte de seu compromisso de diversificar suas coleções, a Tate passa a exibir obras de grandes artistas mulheres dos séculos 17, 18 e 19 – incluindo algumas nunca antes vistas na instituição – com posições de destaque.

Eles incluem um retrato de 1650-55 de Joan Carlile, considerada a primeira mulher na Grã-Bretanha a trabalhar como pintora a óleo profissional. Foi adquirido pela Tate em 2016.

Há também aquarelas pintadas por Emily Sargent, irmã de John Singer Sargent. Seu trabalho ficou praticamente escondido até 1998, mais de 60 anos após sua morte, quando um membro da família descobriu um baú esquecido contendo 440 de suas aquarelas. A Tate adquiriu as aquarelas, pintadas nas viagens de Emily ao norte da África, em 2021.

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Metade dos artistas contemporâneos em exibição nas galerias serão mulheres, incluindo Bridget Riley, Tracey Emin, Kudzanai-Violet Hwami e Lydia Ourahmane.

Polly Staple, diretora de coleção de arte britânica da Tate, disse: “As novas exibições da Tate Britain incorporarão nosso compromisso de expandir o cânone e diversificar a história da arte britânica. Nos últimos anos, trouxemos tantos trabalhos incríveis para a coleção da Tate e os visitantes logo poderão ver essas novas aquisições penduradas ao lado de clássicos mais familiares e amados”.

Mais de 100 obras de JMW Turner estarão em exibição e haverá salas dedicadas a figuras-chave da história da arte, como William Blake, John Constable e Henry Moore.

Uma série de obras complexas e de grande escala feitas de materiais incomuns estarão em exibição, como as oito toneladas de arroz usadas no Neon Rice Field, de Vong Phaophanit, e 2.000 flores que compõem a Preserve ‘beauty’ de Anya Gallaccio.

A reorganização acomodará 70 obras adquiridas pela Tate nos últimos cinco anos, incluindo retratos de Tudor, cenas de batalha georgianas e obras modernas de Derek Jarman, Kim Lim e Donald Locke. Uma série de fotografias capturando a vida britânica do século 21 pelo jovem artista Rene Matić será exibida.

Alex Farquharson, diretor da Tate Britain, disse: “Quando nossas novas exibições abrirem em 23 de maio, os visitantes poderão explorar 500 anos de mudanças revolucionárias na arte, cultura e sociedade, culminando em novos trabalhos de alguns dos artistas contemporâneos mais empolgantes da Grã-Bretanha. Vamos celebrar o melhor da arte britânica e mostrar como ela fala conosco, nos desafia e nos inspira”.