Um ano de disrupção criativa? Nan Goldin, Ruangrupa e ativistas climáticos ocupam os primeiros lugares na lista dos 100 melhores da Monopol

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A crescente influência da moda no mundo da arte também foi notável

A revista de arte alemã Monopol divulgou sua lista anual das 100 pessoas que considera mais importantes no mundo da arte contemporânea. Como um dos primeiros a ser publicado este ano, o ranking oferece uma prévia de quem conseguiu se destacar em um ano repleto de sucessos e polêmicas.

Auxiliada por um conselho consultivo de especialistas, a revista lançou medidas objetivas, como vendas em leilões, em favor da avaliação de “influência e visibilidade”. A lista varia muito de ano para ano; apenas Marc Spiegler (10), cujo próximo passo está sendo observado de perto depois que ele recentemente deixou o cargo de diretor global da Art Basel, e o coletivo curatorial indonésio Ruangrupa (2) entraram no top 10 do Monopol em 2021 e 2022.

Nan Goldin no 60º Festival de Cinema de Nova York em 2022. Goldin ficou em primeiro lugar no Top 100 da revista Monopol por seu ativismo. Foto de Theo Wargo/Getty Images para FLC.

Nan Goldin no 60º Festival de Cinema de Nova York em 2022. Goldin ficou em primeiro lugar no Top 100 da revista Monopol por seu ativismo. Foto de Theo Wargo/Getty Images para FLC.

“Vemos esta lista principalmente como uma contribuição ao debate e uma homenagem a todas as pessoas que vivem a arte todos os dias e a tornam tangível”, declara o prefácio da revista.

O ranking traz Nan Goldin em primeiro lugar, uma favorita garantida entre as listas de poder da arte nas publicações dos últimos anos, graças ao seu poderoso ativismo.

Talvez mais surpreendente seja a inclusão dos manifestantes climáticos (19), presença constante nas manchetes recentes. Embora a Monopol tenha questionado se suas táticas faziam sentido, concluiu que eles “enfatizam o valor da arte para a sociedade”.

Quando o coletivo Ruangrupa ficou em quarto lugar no ano passado por seu repensar radical da curadoria antes da Documenta 15 deste ano em Kassel, ninguém poderia prever as controvérsias que cercariam a exposição. Eles certamente permaneceram influentes e visíveis, chegando ao segundo lugar este ano. Não é de surpreender que Meron Mendel, diretor do Centro Educacional Anne Frank, chegue em 8º lugar, tendo sido contratado para lidar com as disputas sobre o antissemitismo.

Indicativo, certamente, da crescente influência da moda no mundo da arte, o diretor criativo georgiano da Balenciaga, Demna, ficou em décimo quarto lugar. A lista cita suas ideias ousadas e provocantes, incluindo dedicar a coleção de inverno 2022 da casa de moda aos refugiados.

Atrás dele estava Miuccia Prada (15), logo acima do artista Hito Steyerl (16) e dos marchands Iwan e Manuela Wirth (17). A estilista desempenhou um grande papel este ano com uma série de shows poderosos em sua fundação em Milão, e também durante a Bienal de Veneza.

O colecionador de arte Bernard Arnault, responsável pela Fondation Louis Vuitton em Paris, ficou em 71º lugar, talvez devido aos rumores generalizados de que seu império de luxo LVMH adquiriria a mega galeria Gagosian.

Outros indivíduos de alto escalão incluem o artista Francis Alÿs (3) que representou a Bélgica na Bienal de Veneza. A curadora da exposição “The Milk of Dreams”, Cecilia Alemani, alcançou o quarto lugar. A artista performática americana Joan Jonas ficou na posição 5 (certamente devido à sua grande retrospectiva na Haus der Kunst em Munique, que abriu neste outono). Max Hollein, diretor do Met, ficou em sexto lugar, e a escultora Simone Leigh, que representou os EUA na Bienal de Veneza, ficou em 7º lugar.

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