Edições de 20 obras da série Geometrias serão vendidas pela plataforma da Artists Rights Society

Aos 86 anos, Frank Stella continua criando novos desafios para si mesmo. O mais recente envolve entrar no mundo dos NFTs, aqueles tokens não fungíveis que atuam como um título de propriedade digital certificado graças ao blockchain.

O artista americano uniu forças com a Artists Rights Society, da qual é membro há anos, para propor em setembro a venda de cerca de 20 de suas criações na forma de NFTs.

Algumas dessas obras digitais, ou “Geometrias”, são inspiradas em algumas das esculturas mais antigas e monumentais do pintor americano, vistas como precursoras do minimalismo. Por exemplo, a forma de “Geometry XXI” é uma reminiscência da imponente “Fat 12 Point Carbon Fiber Star” que Frank Stella fez em 2016.

Cada NFT desta série estará à venda no site da ARSNL por US$ 1.000, de acordo com a ARTnews. Serão oferecidos em edições de 100, uma forma “acessível e flexível” de adquirir uma obra de Frank Stella, como explicou Katarina Feder, fundadora da ARSNL e vice-presidente da Artists Rights Society.

Mas essa não é a única vantagem: os colecionadores de NFT “Geometrias” também receberão instruções sobre como imprimir em 3D as esculturas das quais possuem cópia digital. Somente eles serão capazes de reproduzi-los como bem entenderem.

• Beeple e ícone pop Madonna se unem em projeto de NFT
• Anish Kapoor inaugura exposição no parque de esculturas fundado por Tony Cragg
• Ranking anual Art Power 100, da ArtReview, aponta os NFTs como a entidade mais poderosa do mundo da arte

“Se você quiser gastar US$ 100 imprimindo um pequeno para sua mesa [ou]US$ 100.000 imprimindo um grande para seu gramado, você pode fazer isso”, aponta Katarina Feder.

Ainda que a iniciativa possa parecer um tanto inusitada, está de acordo com o estilo em constante evolução de Frank Stella. O artista, que também usou a impressão 3D para criar as esculturas arredondadas em sua série “Scarlatti K”, é o primeiro a colaborar com a Artists Rights Society em sua nova plataforma, ARSNL.

A organização com sede nos EUA, que ajuda mais de 100.000 artistas visuais a gerenciar direitos de propriedade intelectual, vê o novo projeto como uma forma de guiar seus membros pelo mundo muitas vezes nebuloso dos NFTs.

As taxas cobradas via ARSNL fornecem aos criadores “conhecimento técnico e jurídico para ajudá-los a navegar nos complexos processos de cunhagem, promoção e licenciamento de NFT de propriedade intelectual de artistas no blockchain e espaços digitais”, conforme declarado em um comunicado de imprensa. citado pela ARTnews.