A ação foi tomada para evitar o custo e a complexidade do envio da obra
Desde a semana passada, um holograma da escultura Petite danseuse de quatorze ans, do artista francês Edgar Degas, está visitando os postos avançados da Christie’s em São Francisco e Hong Kong, como parte da pré-visualização da venda da coleção da falecida Anne Bass. A imagem da bailarina de bronze com cerca de um metro de altura foi exibida dentro de uma caixa iluminada do tamanho de uma geladeira.
É a primeira vez que a Christie’s implanta a tecnologia, vista como uma alternativa viável para o transporte internacional cada vez mais arriscado, prejudicial ao meio ambiente e exorbitantemente caro. A empresa já tinha as caixas de visualização disponíveis em São Francisco e Hong Kong, portanto, não havia necessidade de envio físico.
Esse bronze de Degas é particularmente sensível devido à sua idade, de acordo com Devang Thakkar, consultor sênior digital e de tecnologia da Christie’s. “O holograma fornece uma réplica digital realista exibida em três dimensões, em vez de telas planas, como TVs ou monitores de computador”, disse Thakkar à Artnet News, “permitindo uma experiência imersiva e interativa”.
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A escultura real, um molde de bronze criado em 1927 com base em um modelo de cera que data de 1879 a 1881, tem estimativa entre US$ 20 milhões e US$ 30 milhões para a venda de 12 de maio em Nova York. É uma das três obras do artista em oferta.
Um porta-voz da Christie’s disse que não há planos para futuras exibições de hologramas no momento.
Os dispositivos usados para exibir os Degas pertencem à Proto, uma startup sediada em Los Angeles. A colaboração com a Christie’s não é o primeiro flerte de Proto com o mundo da arte. A empresa esteve envolvida com a exibição de vários projetos NFT – alguns dos quais ocorreram na Art Basel Miami Beach do ano passado.
