Indo a leilão pela Sotheby’s, a paisagem icônica do artista nunca havia sido vendida antes e sinaliza que o mercado continua em fúria
Uma pintura surrealista clássica de René Magritte, que nunca foi vendida antes, foi revelada como um dos prováveis sucessos de bilheteria no leilão de arte moderna e contemporânea da Sotheby’s, que acontece em Londres no dia 3 de março. Antes disso, a pintura será exibida nos escritórios da Sotheby’s em Los Angeles, Nova York, Hong Kong e Londres.
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L’empire des lumières (1961) faz parte da coleção Gillion Crowet, na Bélgica, onde permanece desde a sua criação. Magritte pintou a obra para Anne-Marie Crowet Gillion, filha de um dos seus patronos mais importantes, que a mantém desde então. Os dois se conheceram quando Crowet Gillion tinha 16 anos e antes que o artista fosse amplamente conhecido. Magritte, que a considerava sua musa “ideal”, se ofereceu para pintar seu retrato. Eles permaneceram amigos ao longo da vida e ela frequentemente posava para ele.
Se atender às expectativas, a obra vai reconfigurar o mercado do artista, já que sua expectativa de venda ultrapassa US$ 60 milhões, o dobro de seu recorde atual de US$ 26,8 milhões – estabelecido na Sotheby’s de Nova York em 2018. Como comparativo, a tela Le lieu commun (1962), um clássico Magritte mostrando um homem com um chapéu-coco, foi vendido por US$ 25,5 milhões na Christie’s de Londres em fevereiro de 2019.
A obra é parte de uma série de 17 pinturas, também conhecida como L’empire des lumières, que nasceu pela alta demanda da composição, segundo a Sotheby’s. Quando uma das obras foi exibida na Bienal de Veneza de 1954, foi prometida a quatro compradores e, finalmente, vendida a Peggy Guggenheim. Magritte criou então três peças adicionais para aqueles que perderam, reimaginando e enriquecendo cuidadosamente a pintura.
O trabalho foi emprestado para inclusão nas principais mostras Magritte em todo o mundo nas últimas décadas e foi exibido no Museu Magritte em Bruxelas nos últimos 10 anos. “A família sente que o trabalho está pronto para o próximo estágio natural de sua jornada”, disse um representante da Sotheby’s à Artnet News.