Critérios historicamente estritos, que deviam ser atendidos pelas galerias para se candidatar, estão passando por uma série de revisões

Ser aceito na Art Basel Miami Beach como revendedor é uma prova de fogo e, na maioria das vezes, uma nomeação vitalícia. Garantir uma dessas vagas tão cobiçadas tem exigido não apenas um sólido histórico profissional, mas também o cumprimento de critérios muito específicos e rigorosos.

Agora, a feira está começando a afrouxar estas regras tradicionais. Não existe mais o requisito de idade mínima para as galerias se candidatarem (anteriormente, as galerias deveriam ter pelo menos três anos). Os candidatos também não precisam mais ter um espaço permanente ou ter apresentado um determinado número de exposições por ano (desde que façam, de fato, organizado exposições).

• Art Basel Miami Beach está de volta e divulga lista de expositores
• O que está impulsionando o crescimento da busca por arte ultracontemporânea?
• Relatório aponta otimismo das galerias nesta transição pós-pandemia

Essas mudanças foram discretamente adotadas para a edição mais recente do Art Basel Hong Kong e para a edição atual da Art Basel Miami Beach. Elas também estarão em vigor nas próximas edições da Art Basel na Suíça e em Hong Kong em 2022, confirmou um porta-voz da Art Basel.

As revisões foram inicialmente apresentadas como concessões excepcionais durante a pandemia, para encorajar novos candidatos em um momento em que os revendedores foram impedidos por restrições de viagem ou foram forçados a fechar seus espaços.

Agora, citando o desejo de aumentar a diversidade entre os expositores e a abertura para novos modelos desenvolvidos durante o lockdown, os organizadores da feira afirmam que as mudanças se tornarão uma prática padrão. Eles advertiram, no entanto, que os critérios de elegibilidade serão revisados ​​anualmente pelo comitê de seleção de cada feira.

Em uma atualização específica para a edição de Miami, as galerias que participam da Nova e Positions – seções dedicadas a talentos novos e emergentes – não precisam mais representar formalmente os artistas que mostram na feira.

“No caso de Miami Beach, estávamos começando a ver muitas galerias interessantes que haviam sido inauguradas recentemente, em muitos casos por pessoas com um forte histórico no mundo da arte, mas que não puderam se inscrever de acordo com nossos critérios anteriores”, afirmou um porta-voz. “E embora nem todas as galerias que se inscreveram sob as novas regras tenham sido aceitas, não há dúvida ao ver a feira deste ano que foi a decisão certa mudar nossas regras”.

Alguns participantes observaram que as novas regras ajudarão a feira a permanecer no centro das conversas em um momento em que galerias de todos os tipos estão experimentando novos modelos, de pop-ups itinerantes a fusões de consultor-revendedor.

Qualeasha Wood, http://, (2021). Courtesy Gallery Kendra Jayne Patrick

“Os tijolos não chamam os clientes – os tijolos não fazem nada”, disse a expositora estreante Kendra Jayne Patrick, cuja galeria itinerante e homônima de Nova York está apresentando têxteis da Qualeasha Wood. Como uma millennial, ela reconheceu que pode ter uma abordagem diferente para propriedade do que alguns dos veteranos da Art Basel.

Sua atual falta de endereço permanente não parecia incomodar os colecionadores. Ela quase esgotou seu estande a preços que variam de US$ 15.000 a US$ 23.000 nas primeiras três horas da prévia VIP.