Pela primeira vez na história do prêmio, todos os indicados eram exclusivamente coletivos de arte
O grupo de artistas e ativistas do Array Collective, sediado em Belfast, é o ganhador do Turner Prize deste ano, tornando-se o primeiro vencedor da Irlanda do Norte na história do prestigioso prêmio da Tate.
A escolha pelo Array Collective foi anunciada durante uma cerimônia em Coventry, Inglaterra. Quatro outros grupos de artistas – Black Obsidian Sound System, Cooking Sections, Gentle/Radical e Project Art Works – também concorreram ao prêmio, marcando a primeira vez em que todos os indicados eram coletivos de arte.
🥁 The #TurnerPrize2021 winner is… Array Collective! 🎉 @array_studios
Congratulations to the Belfast-based collective who created a welcoming, immersive & surprising exhibition.
See work by all of the outstanding nominees @The_Herbert until 12 January. https://t.co/Z66N8ED0bU pic.twitter.com/z3IRGfVGPh
— Tate (@Tate) December 1, 2021
Com o prêmio, o Array Collective levará para casa £ 25.000 (US$ 33.000). O grupo investirá o valor em um estúdio para seus 11 membros, em Belfast. Os demais classificados receberão £ 10.000 (US$ 13.000) cada um.
“Eles lidam com coisas realmente sérias”, disse Alex Farquharson, diretor da Tate Britain e presidente do Turner Prize, falando sobre o trabalho do coletivo vencedor. Ele apontou para a abordagem do grupo sobre questões LGBT e suas “perspectivas feministas sobre as questões atuais em uma sociedade dividida”.
“O que o júri destaca é a incrível leveza, a brincadeira, convivência e senso de hospitalidade – o senso de carnaval – que eles trazem para o trabalho”, acrescentou o diretor.
Essa combinação característica do político com o lúdico está em exibição na mostra oficial do prêmio, no Herbert Art Gallery and Museum, onde aconteceu a cerimônia de premiação. Lá, o Array Collective instalou um síbín site-speficic, ou um pub clandestino, decorado com bandeiras, faixas e outras formas de protesto. O objetivo, de acordo com o grupo, era criar “um lugar para se reunir fora das divisões sectárias”.
“Com Array, nós [não tínhamos] noção de como eles traduziriam o que fazem em Belfast para uma galeria”, observou Farquharson, aludindo ao fato de que a prática do grupo – que inclui performances, protestos e instalações públicas – raramente se confina a um cubo branco. “Ver o síbín e a vida nele – foi apenas essa transposição maravilhosa no espaço de uma exposição”.
Via Artnet News