O Museu de Arte de Tel Aviv apresenta uma retrospectiva abrangente da obra da artista japonesa Yayoi Kusama
O poder de Yayoi Kusama permanece intacto. Sua retrospectiva, que ocupa o Museu de Arte de Tel Aviv, em Israel, vendeu 150.000 ingressos antes mesmo de ser aberto ao público. Todos os horários foram preenchidos até fevereiro de 2022.
A curadora da exposição é Suzanne Landau, ex-diretora e curadora-chefe do Museu de Arte de Tel Aviv e atualmente sócia do colecionador de arte Steeve Nassima na galeria Nassima Landau. Ela conta que a ideia de fazer um mostra sobre Kusama já estava surgindo quando ela dirigia o museu e amadureceu durante a pandemia do coronavírus, quando ela trabalhava com a curadora Stephanie Rosenthal, da Gropius Bau, e com o Studio Kusama em Tóquio.
Um seguraça do Tel Aviv Museum of Art observa “The Eternally Infinite Light of the Universe Illuminating the Quest for Truth”, de Yayoi Kusama. Credito: Hadas Parush
A exposição está distribuída por seis áreas nos dois edifícios do museu e é organizada em ordem cronológica, reunindo obras de arte produzidas em um período de oitenta anos. Este extenso levantamento da carreira da artista até o momento rastreia seu trabalho no Japão, nos Estados Unidos e na Europa, desde suas primeiras pinturas e esculturas até suas instalações imersivas que oprimem os sentidos. Os infinitos são temas recorrentes na obra de Kusama, assim como padrões obsessivos de pontos e redes, além de espelhos criam espaços estonteantes.
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Esta é uma das maiores e mais importantes exposições já apresentadas no Museu. Possui cerca de 200 obras, incluindo quatro Infinity Mirror Rooms e outras obras inéditas, ocupando quase 3.000 metros quadrados.
“A Bouquet of Love I Saw in The Universe,” no Tel Aviv Museum of Art. Credito: Hadas Parush
Yayoi Kusama (n. 1929, Matsumoto, Japão) é uma das artistas mais importantes do nosso tempo, celebrada por milhões de admiradores ao redor do mundo. Ela é conhecida principalmente por suas variações de abóboras, tema recorrente em suas obras, assim como as salas imersivas e hipnotizantes. Sua obra abrange uma gama incomum de pinturas, esculturas, trabalhos em papel, instalações, filmes, performances, design de moda, poesia e prosa. Em 1993, ela recebeu o convite oficial para expor no pavilhão japonês de Veneza – a primeira mulher a receber a homenagem.
A exposição deve ocupar o museu ate 23 de abril de 2022. A organização da mostra planeja expansão de dias e horários de abertura para visitantes, para poder receber todos os expectadores.
