Uma das maiores instituições dedicadas a arte, no Brasil, ganha nova gestão com foco em pautas sobre ecologia e sustentabilidade

O Instituto Inhotim, maior museu ao ar livre da América Latina, anunciou a nomeação de uma nova equipe de liderança. Lucas Pessôa foi nomeado presidente e diretor do instituto; Paula Azevedo atuará como vice-presidente, vice-diretora e chefe de desenvolvimento; e Julieta González assumirá a direção artística. A mudança de liderança visa expandir o alcance social do museu e reflete a intenção declarada do Inhotim em centrar seu programa artístico e educacional em torno da ecologia. Antonio Grassi, responsável por ampliar a programação cultural do instituto sob sua direção, continuará como diretor-geral até dezembro, antes de assumir a função de consultor em janeiro, trabalhando a partir de Lisboa.

Pessôa, advogado de formação, foi diretor geral da Oficina Brennand, e antes disso atuou como diretor financeiro e operacional do MASP, em São Paulo, durante uma grande reorganização da instituição. Azevedo passou anos administrando coleções privadas antes de assumir o cargo de diretora de relações institucionais e governança no Instituto Tomie Ohtake em São Paulo no início deste ano.

Julieta González trabalhou foi curadora em grandes instituições, incluindo Tate Modern, de Londres; MASP; Museo Tamayo, Cidade do México; o Museu do Bronx, Nova York; e Museu de Belas Artes de Caracas. Ela deixou o Museo Jumex em 2019, embora tenha continuado a trabalhar com o museu como colaboradora independente posteriormente.

• Dica do dia: explore estas três produções sobre artes na Netflix
• Guggenheim escolhe Naomi Beckwith como sua primeira curadora-chefe negra
• Recordes de vendas impactam na recuperação do mercado de arte contemporânea

Em nota, González disse que sua visão para Inhotim “passa por ampliar a perspectiva da programação artística, atenta às mudanças discursivas do mundo contemporâneo”.

Localizado em Brumadinho, próximo à cidade de Belo Horizonte, o Inhotim foi fundado em 2006 pelo magnata da mineração e colecionador de arte contemporânea Bernardo de Mello Paz, que financiou o museu e o jardim botânico de forma privada. Graças à sua área de 5.000 acres, o parque de arte é capaz de hospedar obras monumentais que normalmente seriam difíceis de mostrar em outro lugar; além disso, abriga o acervo pessoal de Paz, que apresenta obras de mais de sessenta artistas de trinta e oito países e inclui obras de Doug Aitken, Carroll Dunham, Cristina Iglesias, Hélio Oiticica, Lygia Pape e Adriana Varejão, entre outros.

A nova gestão passará a comandar as ações do Insituto Inhotim a partir de janeiro de 2022.