A mostra apresenta esculturas e instalações em grandes formatos em torno das pirâmides de Gizé
Após três longos anos de negociações com a UNESCO, a exposição “Forever is Now” com curadoria de Simon Watson e organizada por Art D’Égypte finalmente está acontecendo de forma sem precedentes: entre as pirâmides de Gizé, no Egito.
Não é nenhuma surpresa que receber aprovação para alocar 10 instalações de arte contemporânea em torno do sítio arqueológico mais respeitado do país, com 4.500 anos, foi considerado impossível. Mas a consultora de artes Nadine Abdel Ghaffar, que fundou a Art D’Égypte, não deu sinais de ceder. A empresa fez seu nome no mundo da arte com seus valentes esforços de fundir criações em locais históricos no Cairo.
“Para [as autoridades], é um local de antiguidades, é uma herança, mas a arte contemporânea não os atrai”, disse Ghaffar durante a abertura da mostra de acordo com a Artnet. “Mudamos a mentalidade das pessoas e agora elas realmente dizem que a arte faz essas paredes antigas falarem”.
O artista francês JR criou um outdoor gigantesco de uma mão que parece estar segurando uma fotografia retratando a ponta da pirâmide flutuando acima da base. Um monólito de 9 metros de comprimento e 2,5 metros de altura, intitulado Eternity Now, da artista Gisela Colón, de Los Angeles, está sentado ao pé da Esfinge enquanto tons de ouro são refletidos do nascer e do pôr do sol.
Um robô que produz arte através de IA, chamado Ai-Da, criado pelo artista britânico Aidan Meller – inicialmente detido na alfândega por suspeita de ser usado para espionagem – também aparece na mostra. Obras de João Trevisan, artista brasileiro em ascensão, junto de nomes como Alexander Ponomarev, Lorenzo Quinn, Moataz Nasr, Shuster e Moseley, Stephen Cox e Sultan bin Fahad completaram a grande exibição.
“Forever is Now” foi aberto ao público em 21 de outubro e será apresentada por um período breve de três semanas, até 7 de novembro.