Recordes de vendas impactam na recuperação do mercado de arte contemporânea

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Foram US$ 2,7 bilhões registrados nas vendas de leilões entre junho de 2020 e junho de 2021

Após um hiato causado pela crise da Covid-19, o mercado de arte contemporânea disparou, com US$ 2,7 bilhões em vendas em leilão registradas entre junho de 2020 e junho de 2021, de acordo com a Artprice, que divulgou seu relatório anual. O número recorde segue-se à queda de 36% no mercado no primeiro semestre de 2020, resultado alcançado graças a alternativas como as vendas online e ao rápido aumento da popularidade dos NFTs.

A análise das vendas que contribuíram para o impulsionamento do mercado revelou mudanças de preferências, com obras que se comportam bem na arena digital – como fotografias e gravuras – sendo arrematadas pelos colecionadores. Os NFTs responderam por cerca de 33% das vendas online e cerca de 2% do mercado total de arte.

Vendas de arte contemporânea por faixa de preço

Vendas de arte contemporânea por faixa de preço

A expansão do mercado de arte asiática também impulsionou este crescimento: o relatório revelou que Hong Kong agora perde apenas para Nova York como capital da arte contemporânea, e que a China ultrapassou os EUA em termos de volume de leilões, respondendo por 40% das vendas. Os Estados Unidos ficaram em segundo lugar em vendas, com 30%, e o Reino Unido em terceiro, com 16%. A Artprice também apontou para uma “Renascença Negra”, observando que a forte demanda por obras de artistas não brancos estava “transformando a paisagem dos principais museus, feiras de arte, coleções particulares e todo o mercado de arte”.

Jean-Michel Basquiat continuou a ser o artista contemporâneo mais vendido em leilão, com suas obras gerando US$ 93,1 milhões em vendas. Em segundo lugar está Beeple, graças à venda de seu NFT “Everydays — The First 5000 Days” por US$ 69,3 milhões pela Christie’s, em março. O terceiro lugar é ocupado por pelo artista chinês Chen Danqing, de 68 anos. Residente nos Estados Unidos por mais de quatro décadas, Chen viu sua obra “Shepherds” (1980) ser vendida por um recorde de US$ 25,2 milhões em Pequim, no mês de junho.

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