Como a pintora, marginalizada em sua época, foi reconhecida agora e vem atingindo novos patamares de vendas
Injustiçada pela história da arte, a italiana Artemisia Gentileschi, pintora do século 17, está recebendo agora a atenção merecida há muito tempo. Ela inovou ao atuar em um cenário dominado pelos homens, retratando as mulheres não como vítimas, mas como heroínas, em suas obras.
Filha do pintor Orazio Gentileschi, iniciou a carreira de artista aos 20 anos. Conhecida por um estilo que faz uso da iluminação dramática, costuma fazer alusão à violência que sofreu quando jovem. Em sua ascensão, aos 18 anos, ela sobreviveu a uma agressão sexual de seu professor e foi posteriormente torturada durante um julgamento público em Roma.
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Em 2021, Gentileschi foi o tema de uma extensa retrospectiva com cerca de 30 pinturas na National Gallery de Londres. A exposição foi uma das maiores já dedicadas à artista. Antes desta mostra, em julho de 2018, o museu comprou seu Auto-Retrato como Santa Catarina de Alexandria por £ 3,6 milhões (US $ 4,7 milhões).
Um aumento na atenção de críticos e historiadores especializados alimentou a ascensão de Gentileschi no mercado de arte nos últimos anos, com suas pinturas comandando quantias raras para uma artista mulher de qualquer época. Obras de Gentileschi raramente são colocadas à venda; apenas cerca de 40 de suas pinturas conhecidas residem em coleções de museus em todo o mundo. Em 2019, seu Lucretia (ca. 1630) foi vendido por US $ 5,3 milhões em Paris. Desde essa venda, seus registros continuaram a aumentar em leilões internacionais.
Abaixo, uma lista dos principais preços de leilão de Gentileschi:
- Lucretia, ca. 1627, vendida por US$ 5.3 milhões em 2019
- Self-Portrait as Saint Catherine of Alexandria, ca. 1615–17, vendida por $2.1 milhões em 2017
- Lucretia, ca. 1630, vendida por US$ 2,16 milhões em 2018
- Triumph of Galatea, ca. 1650, vendida por US$ 2,1 milhões em 2020
- Mary Magdalene in Ecstasy, vendida por US$ 1,17 milhão
Self-Portrait as Saint Catherine of Alexandria
