Além de Hélio Oiticica, Leda Catunda e Sonia Gomes, o museu também incorporou obras de artistas como Coco Fusco, Veronica Ryan e Nathaniel Mary Quinn
O Pérez Art Museum Miami adquiriu 13 novas obras, 11 delas de mulheres e várias de artistas de origem cubana e brasileira, refletindo o compromisso do museu com artistas pouco representados.
Entre os destaques estão Bobby Seale and The People’s Free Food Program, de Karon Davis, uma escultura em gesso no tamanho real de Bobby Seale, cofundador do Partido dos Panteras Negras, cercada por sacolas de compras cheias de comida, representando os esforços dos Panteras Negras para lutar insegurança alimentar na década de 1970.
“É uma peça muito significativa em termos de conceito, história e execução”, disse o diretor da PAMM, Franklin Sirmans, à Artnet News. “Sua mensagem geral está ligada à nossa missão de várias maneiras. Está destacando a história com uma bela obra de arte que permite às pessoas cavar muito fundo, aprender algo e refletir sobre a política de nossa história compartilhada”. É o primeiro trabalho de Davis nas participações da PAMM.
Coco Fusco, The Undiscovered Amerindians Tour (1992–94/2019). Photo courtesy Alexander Gray Associates © Coco Fusco.
Outras obras que entram na coleção são Black As the Most Exquisite Color, de Kenturah Davis; Black is King, de Bisa Butler; e o vídeo satírico Close Readings, de Christine Sun Kim, feito com colaboradores surdos encarregados de legendar filmes que eles não podem ouvir.
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Outro destaque é Penetrável Macaléia, uma instalação do artista brasileiro Hélio Oiticica inspirada nas favelas do Rio de Janeiro.
“Podemos fazer algo com o Oiticica que é realmente importante em termos de modernismo, em termos de obras de arte históricas, e então com Bisa [Butler] algo que é novo – eu sei que não somos os únicos, mas acho que estamos fazendo isso de forma equilibrada ”, disse Sirmans.
Sonia Gomes, Untitled from the series “Torções” (2021). ©Sonia Gomes.
E também há a instalação de Tania Bruguera de 1994, Tabla de salvación, um memorial aos mortos durante o êxodo cubano de balsas em meados da década de 1990.
“Esta é uma peça realmente significativa do trabalho de Tania. Acho que todos nós estamos começando a entender o quão importante ela é, não apenas como ativista, onde ela esteve sob os holofotes recentemente por motivos infelizes, mas também como escultora ”, disse Sirmans.
Obras de Liset Castillo, Leda Catunda, Coco Fusco, Sonia Gomes, Thania Petersen, Veronica Ryan e Nathaniel Mary Quinn completam a lista.
