Frieze Sculpture volta ao Regent’s Park em setembro

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A exposição pública gratuita, simultânea à Frieze London e a Frieze Masters, chega à sua nona edição com a participação de duas brasileiras

A Frieze revelou o line-up para a edição de 2021 da Frieze Sculpture, uma das maiores exposições de escultura ao ar livre de Londres. Ocorrendo de 14 de setembro a 31 de outubro de 2021, a aclamada iniciativa de arte pública coloca trabalhos significativos de artistas internacionais de destaque em todo o The Regent’s Park’s English Gardens. A exposição coincide com o retorno de Frieze London e Frieze Masters, de 13 a 17 de outubro de 2021, marcando um momento importante para a comunidade criativa da cidade ao emergir da pandemia global.

“O interesse por obras públicas e escultura ao ar livre é agora mais forte do que nunca”, disse Clare Lilley, curadora da mostra, à Artnet News – especialmente porque apresenta um ambiente seguro para os amantes da arte. “Frieze Sculpture 2021 é um tónico para a mente, o corpo e a alma”.

As obras deste ano abordam diversos temas, que vão da arquitetura aos deslocamentos e desequilíbrios geopolíticos de poder, passando pelas preocupações ambientais, tudo em contraste com a paisagem do jardim inglês. Além de uma série de artistas emergentes, a exposição também incluirá Rose Wylie, Ibrahim El-Salahi, Rasheed Araeen, Sir Anthony Caro e Isamu Noguchi.

Vanessa da Silva, Muamba Grove #colour 1, 2019, Steel, fibreglass, resin, UV paint, 360 x 135 x 112 cm

Vanessa da Silva, Muamba Grove #1, 2019, Steel, fibreglass, resin, UV paint, 360 x 135 x 112 cm. Courtesy of Galeria Duarte Sequeira

O parque de esculturas tem um forte registo cromático patente em obras como as de José Pedro Croft, Rose Wylie e Carlos Cruz-Diez, ao lado de obras de Rasheed Araeen, Gisela Colón e Annie Morris, “que estendem vocabulários escultóricos minimalistas e abstratos”.

As peças de Jorge Otero-Pailos e de Isamu Noguchi pertencem à “navegação cívica”, ao passo que as esculturas de Ibrahim El-Salahi, Divya Mehra e Counterspace centram-se em questões relacionadas aos deslocamentos.

Entre os artistas participantes estão as brasileiras Vanessa da Silva, com uma das obras da sua série Muamba Grove, e as esculturas em pedra sabão da série Skull, de Solange Pessoa.

Daniel Arsham, Unearthed Bronze Eroded Melpomene, 2021. Courtesy of the artist and Perrotin

Daniel Arsham, Unearthed Bronze Eroded Melpomene, 2021. Courtesy of the artist and Perrotin

Daniel Arsham apresenta uma proposta de vestígios de uma arqueologia fictícia pós-apocalíptica e Stoyan Dechev propõe um passado mítico para falar de um futuro em perigo. As esculturas de Yunizar e de Solange Pessoa, por sua vez, evidenciam uma sensação de privacidade pessoal, enquanto Tatiana Wolska e Ibrahim El-Salahi abordam preocupações relacionadas com a natureza e o ambiente.

A curadora da exposição destacou o fato da edição deste ano ser “especialmente global”, trazendo artistas da América do Sul, do Sul e do Norte de África, da Indonésia, do Paquistão, dos Estados Unidos, do Canadá e de toda a Europa.

“Embora os artistas abranjam três gerações, vejo conversas escultóricas emocionantes através do tempo e da geografia, e embora muitas esculturas aqui se relacionem com preocupações sociais e ambientais, há muito mais cor e destreza na manipulação do material, resultando num sentido geral que é comemorativo”, destacou Clare Lilley.

Veja a lista de artistas participantes:

  • Rasheed Araeen
  • Daniel Arsham
  • Anthony Caro
  • Gisela Colón
  • Counterspace
  • José Pedro Croft
  • Carlos Cruz-Diez
  • Stoyan Dechev
  • Ibrahim El-Salahi
  • Divya Mehra
  • Annie Morris
  • Isamu Noguchi
  • Jorge Otero-Pailos
  • Solange Pessoa
  • Vanessa da Silva
  • Rose Wylie
  • Tatiana Wolska
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