A Artnet News analisou os números das vendas robustas nos leilões de arte de Hong Kong e Nova York, no mês passado
Acompanhamos os resultados das recentes vendas noturnas realizadas em Hong Kong e Nova York, no mês passado, quase tão boas quanto suas equivalentes antes do lockdown, sinalizando um retorno robusto do mercado de arte.
Os números mostram que, enquanto a arte impressionista, moderna, pós-guerra e contemporânea continuam a entregar os maiores preços em leilão, o segmento de mercado que mais cresce é das jovens apostas.
As vendas de arte ultracontemporânea (que pode ser definida por trabalhos feitos por artistas nascidos a partir de 1975) aumentaram cerca de 142% de 2019 a 2021, ou de US$ 35,7 milhões para US$ 86,7 milhões.
O que isso nos diz sobre o estado atual e futuro do mercado?
Desde 2020, os segmentos de mercado que apontaram a maior recuperação (em dólares) foram as categorias impressionistas, modernas, pós-guerra e contemporâneas. Nos leilões recentes de Nova York, por exemplo, os destaques foram as vendas de um retrato de Picasso, por US$ 103 milhões, e algumas obras de Basquiat, parte de um montante total de US$ 1 bilhão nas vendas de arte impressionista e moderna, junto de US$ 1,2 bilhão nas vendas de arte pós-guerra e contemporânea.
- Conheça as 15 obras mais caras vendidas nos leilões em maio de 2021
- O que está impulsionando o boom de leilões em Hong Kong?
- Os 15 lotes mais caros vendidos nos leilões de 2020
No mês passado, as vendas de arte contemporânea e pós-guerra superaram em US$ 158 milhões as vendas de arte moderna e impressionista, uma inversão em relação ao período equivalente em 2019.
Mas, com toda esta atividade movimentando o mercado, por que os resultados dos artistas jovens chamam tanto a atenção? Porque o segmento ultracontemporâneo foi a única fatia do mercado com crescimento substancial entre maio de 2019 e maio de 2021.
Na verdade, o total gerado pelas vendas de arte ultracontemporânea em leilão no mês passado teve um aumento colossal de 142% em relação a maio de 2019, aumentando de US$ 35,7 milhões para US$ 86,7 milhões em vendas.
Claro que este crescimento poderia ser atribuído a uma maior oferta, já que este grupo continua a produzir regularmente, ao contrário dos demais. Mas devemos considerar que o número de lotes ultra-contemporâneos oferecidos no mês passado cresceu apenas cerca de 50% em relação a maio de 2019, enquanto as vendas totais na categoria subiram mais de 140% no mesmo período. Isso sugere que o desejo dos colecionadores de gastar muito com essas obras está alimentando o crescimento mais do que qualquer outra coisa.
O que isso significa para o futuro do mercado?
Assim como a arte contemporânea e pós-guerra roubaram a fatia de mercado mais suculenta da arte moderna e impressionista, pode ser apenas uma questão de tempo até que os ultracontemporâneos tomem a dianteira. O mercado evolui e, aparentemente, os colecionadores querer se envolver cada vez mais com a arte do seu tempo.
Os preços deste segmento estão subindo rapidamente. Em maio de 2019, apenas sete trabalhos ultracontemporâneos foram vendidos na faixa entre US$ 1 milhão e US$ 10 milhões. No mês passado, esse número subiu para 19. Dito isso, há um longo caminho a percorrer até que este mercado comece a arrecadar mais de US $ 1 bilhão durante as vendas noturnas das grandes casas de leilão.
Fonte: Artnet News