Platform vai comercializar 100 obras diferentes por mês, variando entre US$ 2,500 a US$ 50 mil, no sistema click-to-buy
Os ajustes no mercado de arte decorrentes do lockdown imposto pela pandemia impulsionou as vendas online de arte. Seguindo esta tendência, a galeria blue-chip David Zwirner lança Platform, site de vendas que deve oferecer cerca de 100 obras de arte por mês, vindas de 12 galerias independentes de todo o do mundo.
Os preços das obras devem variar de US$ 2.500 a US$ 50.000 e os compradores poderão ver os preços e apenas clicar no botão “comprar” ao invés do botão “consultar”, que é típico de muitos sites de vendas gerenciados por galerias online.
Kenny Rivero, “Walk Wit Me,” 2021, from the Charles Moffett Gallery, as seen on a trial run of Platform.
“Aprendemos que existe um lugar real para o comércio eletrônico no mundo da arte”, disse Zwirner em uma recente entrevista por telefone ao The New York Times. “Há um público que não sabíamos que existia. Eles não vão necessariamente a galerias e não vão realmente a feiras de arte. Eles olham para as coisas online”. O galerista observou que este público é formado “quase todos por millennials”, que descobrem arte por meio do Instagram e do boca a boca. “O mundo da arte nunca atendeu a eles”, acrescentou Zwirner. “Eles podem se tornar participantes muito mais amplos”.
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As galerias antigas que participaram desse esforço incluem Bridget Donahue de Nova York e a Night Gallery de Los Angeles. Entre os novos participantes do mercado estão as galerias Bortolami Gallery, Charles Moffett e Jessica Silverman Gallery, de Nova York; entre os artistas representados no lançamento da plataforma estão a pintora Jane Dickson, a fotógrafa e videoartista Jibade-Khalil Huffman e o pintor Kenny Rivero.
Embora mercados online como Artsy e Artnet existam há anos, a entrada de Zwirner neste campo é notável por denotar uma mudança em relação ao modelo de galeria tradicional. Refletindo o nível de serviço típico de Zwirner e galerias de seu calibre, a Platform oferece descrições detalhadas de obras que superam as de seus concorrentes; além disso, os artistas estão produzindo trabalhos especificamente para o site.
“Nunca voltaremos à velha maneira de trabalhar”, disse Zwirner ao Times. “Encontramos um mundo da arte muito maior do que pensávamos que existia. Se for um mercado primário robusto, o céu é o limite”.
