O museu oferece agora uma plataforma online com mais de 75% de seu acervo, incluindo itens recuperados que estão a espera de ser devolvidos à famílias alemãs
O Museu do Louvre permanece fechado ao público, como parte dos esforços de conter a propagação da pandemia. Mas agora, os amantes da arte em todo o mundo podem deleitar-se com as famosas contribuições do museu, graças a um novo banco de dados online.
O site, lançado recentemente, apresenta versões digitalizadas em alta resolução de mais de 482 mil obras de arte – incluindo muitas que estão armazenadas. Uma série de detalhes acompanha cada lista: materiais e técnicas, data e local de produção e história do objeto, bem como um mapa interativo.
A iniciativa vai de encontro com um novo público, sedento por arte online. Em 2020, o site do Louvre recebeu um recorde de 21 milhões de visitas – 50% a mais, em relação à marca anterior de 14 milhões em 2019, que foi creditada à sua popular exposição Leonardo da Vinci. Antes disso, o site tinha em média cerca de 11 milhões de visitas por ano. Embora o processo de digitalização da coleção tenha começado há algumas décadas, o banco de dados da coleção online está em funcionamento apenas desde 2019.
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“O Louvre está tirando a poeira de seus tesouros, mesmo os menos conhecidos”, disse Jean-Luc Martinez, diretor-presidente do museu. “Pela primeira vez, qualquer pessoa pode acessar toda a coleção de obras de um computador ou smartphone gratuitamente, estejam elas em exibição, por empréstimo, mesmo a longo prazo, ou armazenadas”.
Também estão no banco de dados cerca de 1.700 objetos saqueados e recuperados da Alemanha desde o final da Segunda Guerra Mundial em 1945, que o Louvre abrigará até que possam ser devidamente restituídos às famílias dos proprietários originais.
O museu está atualmente em processo de análise de cerca de 13.900 objetos adquiridos entre 1933 e 1945 – cujos resultados podem em breve ser incluídos no banco de dados, de acordo com o Art Newspaper. A partir desse esforço, que deve durar cinco anos, a instituição voltará a atenção para os objetos que entraram no acervo a partir de 1945.
Fonte: Artnet News