Christie’s anuncia venda de “The First 5.000 Days”, de Beeple, por um valor sem precedentes
Após o anúncio da Christie’s, há duas semanas, sobre os planos de leiloar seu primeiro NFT (token não fungível) do artista Beeple (também conhecido como Mike Winkelmann) em uma venda online, a atenção em torno do mercado de arte criptográfica atingiu alturas surpreendentes praticamente da noite para o dia.
A venda atraiu a atenção do público dentro e fora do mundo da arte por sua novidade. Realizada de forma online, ao longo de 10 dias cerca de 33 licitantes competiram pelo trabalho digital de Beeple. A obra é formada por 5.000 imagens que o artista, um designer gráfico residente na Carolina do Norte, fez ao longo de 13 anos. O leilão atraiu um nível imprevisível de licitações, que elevou o preço do martelo para milhões, apesar da licitação ter começado em US$ 100 e sem estimativa de venda. A Bloomberg informou que o comprador é Justin Sun, fundador da plataforma de criptomoeda Tron.
No dia 5 de março, o lance estava em US$ 4 milhões; no dia 9, estava em US$ 9,75 milhões. Nos últimos minutos da venda, os lances elevaram o preço de US$ 37,5 para US$ 50 milhões, e então até um preço final sem precedentes de US$ 60 milhões.
A Christie’s relatou que, entre os licitantes, 55% eram dos EUA, 27% da Europa e 18% na Ásia, com 64% dos participantes na faixa etária Millennial e Gen Z (menos de 40 anos).
Ver essa foto no Instagram
O mercado nascente de NFTs – trabalhos criptografados que são autenticados usando a tecnologia blockchain e marcados com uma assinatura digital exclusiva – está em ascensão, capturando a atenção de celebridades e magnatas da tecnologia. Na semana passada, o CEO do Twitter, Jack Dorsey, ofereceu o primeiro tweet da Internet na plataforma NFT Valuables, e agora está com uma oferta de US $ 2,5 milhões.
Com a venda desta obra de Beeple, o objetivo da Christie’s é atingir uma nova base de compradores mais jovens, reconhecendo os tempos de mudança. “Estamos neste momento em que pode haver uma mudança drástica – uma mudança demográfica, uma mudança de geração – quando se trata do que provoca os colecionadores mais jovens”, disse Noah Davis, especialista no departamento de arte contemporânea e pós-guerra da Christie’s, em uma entrevista.
Fonte: Artnews
