A escultura de 3,5 metros de altura, chamada The Monk, é parte de uma mega exposição do artista na cidade suíça
A exposição Mental Escapology (de 19 de janeiro a 23 de fevereiro) se espalha por quatro locais internos e externos da cidade alpina de St Moritz. Além de “The Monk”, uma segunda escultura chamada “Two Figures with a Drum” ficará situada na margem nordeste do lago. Ambas as peças foram vistas pela última vez na exposição “Treasures from the Wreck of the Unbelievable” em 2017, na coleção Pinault em Veneza.
Ao todo, mais de 40 obras de Damien Hirst estarão em exibição, incluindo peças da série História Natural – com corpos de animais preservados em formaldeído – e uma pintura fotorrealista intitulada Surgical Tools for Caesarean, que serão exibidas no espaço neoclássico Forum Paracelsus.
As pinturas caleidoscópicas, que fazem referência ao “simbolismo espiritual da borboleta”, de acordo com o site de Hirst, serão exibidas na igreja protestante no centro da cidade. Trabalhos inéditos da série Spot (Pharmaceutical) Paintings dos anos 1990, pintados com manchas aleatórias de formas irregulares, também estarão em exposição.
Ver essa foto no Instagram
A curadoria fica a cargo do diretor de arte Jason Beard, que já colaborou com Hirst em projetos web e editoriais, e foi organizada pelo marchand Oscar Humphries. “A maior parte dos empréstimos vem do artista. Algumas obras importantes foram emprestadas de coleções particulares”, diz Humphries.
“St Moritz é um centro de arte cada vez mais importante e esta será a exposição mais ambiciosa já apresentada por lá. O vale, o lago, os locais que mostramos são perfeitos para o trabalho de Damien. Para mim, foi o caso de um lugar espetacular e interessante reclamado por um artista que fizesse uma obra que fosse o espelho na escala e no impacto do local”, completa.
- Damien Hirst cria arco-íris para apoiar a NHS na luta contra o novo coronavirus
- Parque de esculturas subaquático em Miami é alerta sobre mudanças climáticas
- Escultura de Giacometti é oferecida pela Sotheby’s por US$ 90 milhões em venda de ofertas confidenciais
Humphries acrescenta: “É uma exposição pública, a primeira de Damien na Suíça, o que me parece notável. O nosso desejo era fazer algo material, grande, alegre e afirmador da vida neste mundo difícil, digital e distante em que vivemos”.
A arte de Hirst deve ter um ajuste natural para o cenário dramático da montanha. “A escultura de Damien, The Monk (o monge) – algo das profundezas – num lago congelado é uma coisa perfeitamente impossível. A engenharia por trás disso era difícil. Mas um dos temas centrais de Damien é o impossível, por isso é uma simbiose incrível”, diz Humphries.
Beard afirma: “Damien sempre pensou na ciência como religião e religião como ciência, então é fascinante ser capaz de estabelecer ligações entre seu trabalho e estes locais, onde os peregrinos buscam a cura há mais de 3.000 anos. Ser capaz de trazer esta vasta pesquisa para quatro cenários muito distintos, históricos e naturalmente bonitos é uma oportunidade única”.
Fonte: The Art Newspaper