A Pace vai ocupar o mesmo endereço da extinta Blain Southern, em Mayfair
Enquanto outras galerias de Londres desistem de seus planos ou fecham seus postos avançados em resposta ao golpe duplo da Covid-19 e um iminente Brexit sem acordo, a blue-chip Pace Gallery anunciou os planos de expandir sua presença na cidade, onde ocupará o espaço de 800m² abandonado pela extinta mega-galeria Blain Southern, em março.
O novo espaço, localizado na Hanover Square de Mayfair, está programado para abrir em meados de 2021 e será reformado por Jamie Fobert Architects, que projetou a primeira galeria de Pace em Londres, inaugurada no Soho em 2011. A galeria de Hanover Square substituirá a galeria de Pace dentro do edifício da Royal Academy of Arts, que deve fechar no primeiro semestre de 2021.
Com sua nova galeria, que integrará o espaço do térreo com o subsolo, a Pace pretende desenvolver um “cronograma de exposições mais robusto” e “interagir com mais europeus artistas e continuar a expandir seu programa contemporâneo”. O espaço também será capaz de acomodar uma programação e experimental e presencial, que a galeria tem se concentrado intensamente nos últimos tempos, com o primeiro evento Pace Live fora de Nova York a ocorrer no próximo ano.
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“Este é um momento de investimento e fé em Londres. Seu papel como um centro cultural permanece indiscutível, dado o número de instituições de nível internacional em seu território, e mesmo encarando o Brexit estou convencido de que Londres continuará a ser uma capital econômica da Europa e um centro crucial para o mercado de arte”, disse o presidente e CEO da Pace, Marc Glimcher, em comunicado.
A galeria representa alguns dos artistas e propriedades mais influentes do século passado, incluindo Alexander Calder, Jean Dubuffet, Barbara Hepworth, Agnes Martin, Louise Nevelson, Isamu Noguchi e Mark Rothko. Seu programa contemporâneo inclui artistas de destaque, incluindo Lynda Benglis, Mary Corse, Tara Donovan, Adrian Ghenie, Sam Gilliam, Sonia Gomes, Loie Hollowell, Beatriz Milhazes, Yoshitomo Nara, Adam Pendleton, teamLab, James Turrell e artistas britânicos David Byrne, Nigel Cooke, William Monk e David Hockney.
A Pace foi uma das primeiras galerias internacionais a estabelecer presença na Ásia, representando agora mais de 20 artistas importantes da região, incluindo Lee Ufan, Song Dong, Yin Xiuzhen e Zhang Huan.