A nova galeria será aberta em janeiro de 2021
A Galeria Nara Roesler, uma das principais galerias brasileiras, mudará sua localização em Nova York do Upper East Side para um novo espaço, na West 21st Street, Chelsea, no próximo ano. O novo espaço, projetado pelo arquiteto brasileiro Miguel Pinto Guimarães, é cerca de quatro vezes maior do que sua atual localização em Nova York, no Upper East Side.
“Podemos mostrar melhor nossos artistas e ter diferentes tipos de projetos que não são limitados por espaço”, disse Daniel Roesler, sócio e diretor sênior da galeria, que também opera espaços no Rio de Janeiro e São Paulo, à ARTnews. “O espaço do Upper East Side foi ótimo nesses três anos de conversa com a cidade, mas agora é a hora de dar mais um passo em Nova York.”
A nova galeria será aberta em janeiro de 2021 com uma série de pequenas apresentações de artistas do seu rol. Em fevereiro será a vez da mostra individual de Amélia Toledo, com quem a galeria trabalhou em algum momento de sua carreira e só voltou a representar seu espólio a partir deste ano. Artista moderna brasileira da mesma geração de Lygia Clark, Lygia Pape, Mira Schendel e Anna Maria Maiolino, Toledo também foi incluída na aclamada exposição itinerante “Mulheres Radicais: Arte Latino-Americana, 1960–1985”. Esta exibição do trabalho de Toledo se concentrará principalmente em trabalhos da década de 1970 e incluirá instalações, esculturas e desenhos.
A Galeria Nara Roesler opera em Nova York desde 2015, primeiro como um escritório no Flower District e depois no terceiro andar da 69th Street no Upper East Side, no mesmo quarteirão das megalerias David Zwirner e Hauser & Wirth. A mudança para Chelsea significa uma nova presença de primeira linha em um bairro que está passando por um período de rotatividade, com galerias como P.P.O.W, Andrew Kreps Gallery e James Cohan Gallery partindo para Tribeca.
Embora Daniel Roesler cogitou a ideia de expandir as operações digitais para atender à crescente demanda por salas de exibição online, a galeria finalmente decidiu se concentrar em manter sua presença física como uma forma de focar na comunidade de Nova York.
“Sabemos que os artistas estão trabalhando para criar objetos que devem ser vividos pessoalmente”, disse ele. “Os canais digitais têm mantido conversas e conexões com nosso público. Encontramos um caminho sem um espaço físico, mas ainda precisamos de um espaço para manter a galeria saudável no futuro”.
Via ArtNews