A artista do Brooklyn, conhecida por seu trabalho que transcendem raça e gênero e lhes dão voz, vai criar uma nova série de esculturas para o pavilhão dos EUA
A escultora foi anunciada essa semana como a escolhida para representar o Pavilhão dos EUA na 59ª Bienal de Veneza, que ocorrerá de 23 de abril a 27 de novembro de 2022.
Simone Leigh (1967) é de Chicago e trabalha na cidade de Nova York. Sua prática em várias mídias inclui escultura, instalações, vídeo, performance e prática social. Leigh descreveu seu trabalho como autoetnográfico, e seus interesses incluem arte africana e objetos vernaculares, performance e feminismo. Seu trabalho aborda a marginalização das mulheres negras e reenquadra sua experiência como central para a sociedade. Leigh sempre disse que seu trabalho está focado na “subjetividade feminina negra”, com interesse em interações complexas entre várias vertentes da história.
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“Em um momento tão crucial da história, não consigo pensar em nenhum artista melhor para representar os Estados Unidos”, disse Jill Medvedow, diretora da Instituto de Arte Contemporânea de Boston, em um comunicado.
“Ao longo de duas décadas, Simone Leigh criou um corpo de trabalho indelével que centra as experiências e histórias de mulheres negras”, disse ela, chamando o trabalho de Leigh de “investigativo, oportuno e urgente”.
Simone Leigh, “Brick House” | High Line Plinth
Fundada em 1895, a Bienal de Veneza se tornou um dos principais locais para artistas de todo o mundo chamarem a atenção para a guerra, racismo, pobreza, tráfico de pessoas e outras questões que preocupam o planeta.
Eva Respini, curadora-chefe do ICA, disse que as esculturas de Leigh para a Bienal destacariam o pensamento feminista negro, incluiriam trabalhos inspirados por intelectuais negros importantes e serviriam como “um farol em nosso momento”.
Simone Leigh, 53, é conhecida por suas formas ousadas inspiradas em temas da arte africana. “Brick House”, seu busto de bronze de uma mulher negra com tranças de 5 metros de altura, está atualmente instalado na High Line, em Manhattan.
