Depois de décadas sem serem vistas, estas obras são o destaque deste leilão híbrido em Londres
Após um resultado de mais de US$ 800 milhões em arte vendida em seus leilões globais do Século XX (desde 29 de junho), a Sotheby’s oferece outra rodada de destaques em sua venda noturna de categorias híbridas no dia 28 de julho, em Londres. O leilão trará obras de alto valor, desde Velhos Mestres Holandeses como Rembrandt, até obras modernas e contemporâneas que vão de Picasso a Richter. A noite de vendas deverá alcançar entre US$ 162,7 e US$ 234,9 milhões.
Henry Matisse. Danseuse assise dans un fauteuil. Courtesy Sotheby’s.
“Como a nova geração de colecionadores mostra menos preocupação com as categorias tradicionais do mercado de arte, esta é uma venda destinada a colecionadores que procuram o melhor dos melhores, independentemente de onde ou quando as obras foram feitas”, disse Helena Newman, presidente da Sotheby’s Europe em comunicado. “Com o calendário mundial mudando, também aproveitamos a oportunidade para fazer as coisas de maneira diferente”, afirma ela.
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Apesar das preocupações acerca da capacidade da casa de leilões trazer lotes de alto nível para esta temporada, devido a preocupação com o impacto econômico gerado pela pandemia, a Sotheby’s garantiu uma série de obras modernas, que estão em mãos privadas há várias décadas.
Entre os principais lotes está “Danseuse assise dans un fauteuil” (1942), de Matisse, obra exibida pela última vez em 1949. A venda em 28 de julho marcará a primeira vez que o trabalho será leiloado, depois de ficar em mãos particulares por cinco décadas, tendo sido adquirida por seu atual proprietário em 1989. Espera-se que a pintura seja vendida por um preço na faixa entre £8 e £12 milhões.
Joan Miro. Femme au chapeau rouge. Courtesy Sotheby’s.
Um dos lotes com preços mais altos apresentados para esta venda é a pintura de Joan Miró (Femme au chapeau rouge, 1927) com uma estimativa entre £20 e £30 milhões. A obra de Miró com o mais alto valor estimado desta temporada e visto pela última vez no mercado em 1966, vem de um período seminal na carreira do artista.
Femme au chapeau rouge é uma das “pinturas dos sonhos” de Miró – uma série crucial para o legado do artista e inspirada em seu tempo na Catalunha. A única tela comparável a entrar no mercado apareceu pela última vez em 2012, Peinture (Étoile bleue), que estabeleceu o recorde para o artista em £23,6 milhões.
A Sotheby’s informou que quase dois terços da venda estão estreando em leilão e cerca de 70% das obras permaneceram em mãos privadas por duas décadas. A proveniência forte e os longos períodos de manutenção geralmente obtém sucesso, mesmo em um clima econômico frágil. Agora que o mercado passou seu primeiro teste da demanda global de arte, essa venda provavelmente terá interesse internacional semelhante.
Via ArtMarket Monitor
