Os ganhadores receberão prêmios de £10.000, após a alteração das normas do Turner Prize 2020, em decorrência da pandemia
A nomeação do ganhador do Turner Prize 2020, um dos principais prêmios de arte da Europa, é um dos muitos eventos artísticos alterados drasticamente em decorrência da pandemia do coronavírus. Ao invés do prêmio principal de £25.000 ser destinado a um único artista, 10 artistas e coletivos foram contemplados com os Turner Bursaries, no valor de £10.000.
Os vencedores devem ser residentes no Reino Unido e recentemente ter sido objeto de uma importante exposição. Metade dos vencedores dessa vez são não-brancos e, como de costume para o Turner Prize – que frequentemente se inclina para a arte conceitual – a maioria não trabalha em mídias tradicionais, como pintura e escultura.
Alex Farquharson, que presidiu o júri da premiação e é o diretor da Tate Britain, disse em comunicado: “Após um animado e rigoroso debate virtual, o júri estabeleceu uma lista de 10 artistas fantásticos que refletem o talento excepcional encontrado na arte britânica contemporânea. Da cerâmica ao cinema, da performance à fotografia, eles representam as muitas maneiras emocionantes e interdisciplinares em que os artistas trabalham hoje”.
Esta é a lista dos vencedores do grupo inaugural da Tate Bursaries:
- Arika, organização focada em estimular mudanças sociais por meio de eventos de arte;
- Liz Johnson Artur, fotógrafa que produz imagens exuberantes, com foco na comunidade negra britânica;
- Oreet Ashery, cujo trabalho em diversos meios se baseia na teoria feminista, nos estudos pós-coloniais, na teoria queer e nas reflexões sobre a relação entre vida e arte;
- Shawanda Corbett, com suas cerâmicas e performances que desenham conexões entre corpos e objetos ao seu redor;
- Jamie Crewe, que produz música e cinema com temas relacionadas a gênero e poder;
- Sean Edwards, com suas esculturas sobre as histórias ocultas de objetos e espaços, destaque recente no Pavilhão de Gales, na Bienal de Veneza de 2019;
- Sidsel Meineche Hansen, cujos trabalhos digitais provocativos destacam as maneiras pelas quais a nova tecnologia mudou a compreensão de gênero e sexualidade;
- Ima-Abasi Okon, com suas esculturas sonoras e vídeos que contam com materiais relacionados à diáspora negra;
- Imran Perretta, cujos célebres filmes exploram novos modos de vigilância em comunidades oprimidas;
- Alberta Whittle, com trabalhos em vídeo, escultura, performance e outros com temas anti-racistas em suas diversas formas.