New Britain Museum of American Art também dedica 2020 a artistas mulheres

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Museu anunciou a programação para celebrar o centésimo aniversário da 19ª emenda, que concedeu às mulheres o direito de votar

O Baltimore Museum não será a única instituição de arte a dedicar seu programa 2020 à artistas femininas. O New Britain Museum of American Art (NBMAA), em Connecticut, anunciou sua programação, incluindo exposições com obras de Kara Walker, Anni Albers, Shantell Martin e Helen Frankenthaler.

Vinte mulheres em 2020

Esse é o grito de guerra do museu, que vai comemorar o 100º aniversário da promulgação da 19ª emenda, que deu às mulheres o direito de voto, dedicando um ano inteiro de exposições de obras criadas por mulheres.

Min Jung Kim, diretora e CEO da NBMAA, disse que a iniciativa “202020 Women @ NBMAA”, na verdade terá mais de 20 artistas mulheres. “Usamos 20 como marca d’água em nosso plano para incluir mais artistas mulheres, mas coletivamente, quando levarmos em conta o número de artistas, quando o ano terminar, será mais perto de 200”, disse ela, se referindo aos trabalho tanto de exposições temporárias quanto permanentes.

Kim disse que o ano das mulheres é o começo de “um compromisso contínuo e de longo prazo” em reconhecer mulheres artistas em uma escala mais abrangente. Uma pesquisa divulgada em setembro de 2019, realizada pela Artnet e Art Agency, Partners, mostra que de 2008 a 2018, apenas 11% das obras de arte adquiridas por museus foram feitas por mulheres. Durante o mesmo período, apenas 14% das exposições se concentraram no trabalho de mulheres.

“202020 Women @ NBMAA” apresentará exposições com trabalhos de:

  • Kara Walker (24 de janeiro a 19 de abril), famosa por suas silhuetas negras recortadas, contando histórias de opressão dos afro-americanos
  • Anni Albers (19 de março a 14 de junho), inovadora artista têxtil e gráfica (1899-1994)
  • Shantell Martin (8 de maio a 11 de outubro), que faz instalações desenhando ao vivo, com marcadores pretos, as paredes brancas das galerias brancas

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  • “Anything But Simple: Shaker Gift Drawings and the Women Who Made Them”, (17 de julho a 8 de outubro)
  • Helen Frankenthaler (13 de novembro a 14 de fevereiro de 2021), a lendária expressionista abstrata (1928-2011)
  • Jennifer Wen Ma (novembro a março de 2021), artista multimídia que trabalha em instalação, desenho, vídeo, arte pública e design, além de performance e teatro.
  • “Some Day is Now: Women, Art and Social Change”, exposição coletiva (7 de agosto a 18 de outubro). A abertura coincide com o centésimo aniversário da promulgação da emenda, em 18 de agosto de 1920. Essa mostra contará com o trabalho de Elizabeth Catlett, Betye Saar, Faith Ringgold, Sister Mary Corita Kent, Yoko Ono, Nancy Spero, Jaune Quick-to-See Smith, Ana Mendieta, Jenny Holzer, Martha Rosler, Annette Lemieux, Carrie Mae Weems, Cauleen Smith, Ghada Amer, Martine Gutierrez e Stephanie Syjuco. “Some Day is Now” também contará com o trabalho de Guerrilla Girls, o coletivo de artistas anônimas de Nova York, cujas obras protestam contra a sub-representação de artistas femininas em museus, galerias e academias de arte.

Kim disse que, como a primeira imigrante a liderar o NBMAA, está especialmente encantada por destacar o trabalho de mulheres não-brancas. “Além de serem mulheres, esses artistas também representam uma grande diversidade de raças, etnias, idade, geografia, experiências culturais”, disse ela. “Além da sub-representação das mulheres, há ainda mais sub-representação das mulheres negras”.

Outro museu, o Baltimore Museum of Art, dedica 2020 a mulheres artistas, mas de uma maneira diferente. O museu em Maryland prometeu adquirir trabalhos apenas de mulheres artistas esse ano inteiro. Atualmente, apenas 4% da coleção de 95.000 peças do museu foi criada por mulheres. Seu diretor, Christopher Bedford, foi citado no Baltimore Sun: “Para corrigir séculos de desequilíbrio, é preciso fazer algo radical”.

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