Um dos principais prêmios de arte do mundo, o Hugo Boss reconhece artistas por suas contribuições relevantes à arte contemporânea
O Prêmio Hugo Boss, um dos principais prêmios de arte do mundo, tende a validar o prestígio dos artistas, como evidenciado pelos vencedores anteriores, incluindo Anicka Yi, Simone Leigh, Matthew Barney e Danh Vo. Agora, o Museu Guggenheim, facilitador do prêmio, revelou os artistas selecionados para a edição de 2020 – que consiste em um valor de US$ 100 mil e uma individual na instituição, que acontecerá em 2021.
Os artistas selecionados são:
- Nairy Baghramian (Irã)
- Kevin Beasley (EUA)
- Deana Lawson (EUA)
- Elias Sime (Etiópia)
- Cecilia Vicuña (Chile)
- Adrián Villar Rojas (Argentina)
Diferente da maioria dos outros prêmios de arte, o Prêmio Hugo Boss não impõe limitações quanto à idade, nacionalidade ou estágio de carreira de seus indicados. Os artistas pré-selecionados variam de norte-americanos emergentes a estrangeiros bem estabelecidos, mas pouco reconhecidos. Beasley, que mora em Nova York, é o candidato mais jovem, ainda não completou 35 anos, enquanto Vicuña, que é do Chile e agora se divide entre Nova York e Santiago do Chile, é a mais velha, aos 71 anos.
Os indicados estão entre os artistas mais famosos do cenário atual. Lawson, que pode se tornar o primeiro fotógrafo a ganhar o prêmio, deve mostrar uma nova série de trabalhos sobre a diáspora africana no Brasil em julho, como parte da Bienal de São Paulo, e Baghramian está mostrando novos trabalhos, que mesclam formas mecânicas e orgânicas na Bienal de Veneza, na Itália. Vicuña está atualmente exibindo uma pintura sobre seu envolvimento político em Nova York no recém reformado Museu de Arte Moderna, e Sime, um artista etíope conhecido por suas assemblages em forma de tapeçaria, formadas a partir de peças de computador em desuso, agora é objeto de uma retrospectiva em exibição no Wellin Museum of Art em Clinton, Nova York (Sime também está construindo um jardim público em um palácio em Addis Abeba). Villar Rojas exibiu recentemente uma nova instalação sobre a transitoriedade de certos materiais no museu particular do colecionador Qiao Zhibing, em Xangai, e Beasley ganhou as manchetes no ano passado com um instalação de som e esculturas no Museu Whitney, em Nova York.
“Após um exame rigoroso do cenário artístico atual, o júri identificou um grupo de artistas cujas práticas são sinais de impacto cultural”, disse Nancy Spector, diretora artística e curadora-chefe do Guggenheim, em comunicado. “Apesar de diversos em suas abordagens e temas, cada um exemplifica o espírito de experimentação e inovação que o prêmio sempre defendeu”.
O júri inclui Spector e Naomi Beckwith, curadora sênior do Museu de Arte Contemporânea de Chicago; Katharine Brinson, curadora de arte contemporânea do Guggenheim; Julieta González, curadora independente; Christopher Y. Lew, curador do Whitney; e Nat Trotman, curador de performance e mídia do Guggenheim.
Via ARTnews