A partir desta sexta-feira, dia 8, o espaço de cerca de 2500m² começa a receber os visitantes
Depois de mais de uma década planejando uma expansão para a China, o Centre Pompidou de Paris finalmente abrirá uma filial do museu de arte moderna e contemporânea em Xangai. A instituição inaugura seu novo local, chamado Centre Pompidou x West Bund Museum Project, no West Bund Museum, projetado por David Chipperfield e localizado ao longo de um novo corredor cultural de onze quilômetros às margens do rio Huangpu, que foi inaugurado na última terça-feira. Entre os que compareceram à cerimônia de inauguração estava o presidente francês Emmanuel Macron.
De acordo com o New York Times, o Pompidou está chamando o projeto – uma colaboração com o desenvolvedor estatal chinês de West Bund Group – de “a maior troca cultural de todos os tempos” entre a França e a China. Embora os dois países tenham acordado apenas um contrato de cinco anos, eles poderão estender a parceria assim que o período se encerrar. Até lá, os curadores de Pompidou serão deslocados da coleção do museu para organizar três mostras semi-permanentes por ano para o posto avançado e desenvolverão programas relacionados, como exibições, performances e conferências. Além de cobrir os custos operacionais, o West Bund Group pagará ao Pompidou aproximadamente 2,75 milhões de euros por ano.
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Antes mesmo de abrir suas portas ao público, porém, o museu já enfrentou desafios sobre o conteúdo de suas próximas exposições, que devem primeiro ser aprovados pelas autoridades locais. Sua exposição inaugural, “The Shape of Time”, que incluirá cem obras do acervo do Pompidou, incluindo peças de Vasily Kandinsky, Pablo Picasso e Zhang Huan, teve que abandonar obras que não passaram pelos censores da China. Serge Lasvignes, presidente do Pompidou, confirmou que o museu foi convidado a substituir quatro obras por “várias” razões que “não eram apenas políticas”.
“O processo de autorização e aprovação pode parecer complexo, mas saberemos como nos adaptar”, disse Lasvignes em comunicado. “Por fim, servimos melhor a democracia ignorando a China ou estando lá, forjando laços, fornecendo acesso à cultura ocidental e conversando com parceiros, artistas e visitantes?”. Ele acrescentou: “Estamos determinados a trabalhar juntos, encontrando um terreno comum e chegando a um acordo sobre escolhas que façam sentido para ambas as partes”.