De obras digitais e vídeos à experiências imersivas e esculturas em grandes formatos, essas instalações mudaram a paisagem do mundo da arte.
Yayoi Kusama, Infinity Rooms
As Infinity Rooms de Yayoi Kusama são ambientes caleidoscópicos que oferecem uma ilusão de espaço infinito. A renomada artista japonesa traduz a repetição de suas pinturas em experiências espaciais, imergindo o espectador em ambientes semelhantes a galáxias que parecem se estender incessantemente ao vazio. Espalhadas pelo mundo todo, atraem multidões e se viralizam nas redes sociais.
Ai Weiwei, Sunflower Seeds
Milhões de sementes artesanais de porcelana foram despejadas no Turbine Hall da Tate em 2010, formando uma paisagem expansiva. Com cada componente produzido individualmente por especialistas de miniaturas na China, o trabalho ofereceu um poderoso comentário sobre produção em massa e a geopolítica do intercâmbio cultural e econômico.
Christo e Jeanne Claude, Surrounded Islands
Em maio de 1983, a dupla de artistas cercou 11 ilhas desabitadas da Baía de Biscayne, em Miami, com mais 500 mil m² de tecido rosa. O resultado foi a criação de uma composição vívida em azul, verde, magenta e turquesa, harmonizando-se com a vegetação tropical, céu e águas. A peça teve um impacto duradouro na história cultural da cidade, que agora é um polo artístico.
Judy Chicago, The Dinner Party
Um ícone da arte feminista da década de 1970, The Dinner Party toma forma como um banquete cerimonial em grande escala, com 39 lugares – cada um prestando homenagem a uma figura feminina inovadora da história. O trabalho destaca a riqueza da herança das mulheres em todo o mundo e foi exibido em seis países para um público de mais de um milhão de pessoas.
Kara Walker, A Subtlety
A primeira obra de arte pública de Kara Walker assumiu a forma de uma enorme esfinge revestida de açúcar, intitulada A Subtley, ou o Marvelous Sugar Baby. Instalado na Domino Sugar Factory, no Brooklyn, concentrou-se na indústria açucareira e no comércio de escravos – chamando a atenção para questões de injustiça e exploração e respondendo à história do edifício.
Olafur Eliasson, The Weather Project
As vastas representações de Olafur Eliasson sobre o sol e o céu transformaram Tate em uma arena para contemplação em 2003. O espaço em amarelo e laranja foi permeado por uma névoa fina, trazendo aspectos fugazes do mundo natural para a galeria. Um trabalho pertinente em uma era de crise climática, o The Weather Project despertou a atenção dos espectadores para estes elementos.
Christian Marclay, The Clock
Esse longa com 24 horas de duração reúne milhares de clipes de filmes e de televisão – juntados em tempo real. Percorrendo a história cinematográfica, é uma experiência fascinante que cativou os espectadores em todo o mundo – transportando audiências para uma ampla variedade de locais e apresentando um instável senso de humor.
Doris Salcedo, Shibboleth
“A história do racismo corre paralela à história da modernidade e é o seu lado negro incalculável”, observa Salcedo. Em Shibboleth, uma rachadura gigante estendeu-se pelo comprimento do Turbine Hall da Tate, subvertendo as percepções da arquitetura moderna e seus valores. A peça abordou um longo legado de racismo e colonialismo, expondo uma fratura em nossas fundações – incentivando os espectadores a confrontar histórias desconfortáveis.
Nam June Paik, Electronic Superhighway
O artista foi pioneiro na videoarte, integrando cinema e TV em obras que reconheciam o potencial transformador das novas mídias. Electronic Superhighway compreende 336 televisores, 50 aparelhos de DVD, mais de 1100 metros de cabo e 175 metros de tubos de néon multicoloridos, criando um impacto sensacional avassalador enquanto olha para o futuro dos EUA.
Carsten Höller, Test Site
A interação do visitante era o coração de Test Site, que compreendia cinco escorregadores funcionais e sinuosos. As instalações monumentais prateadas exploraram como o ato de deslizar pode transformar as experiências cotidianas, apresentando aos indivíduos uma atividade nostálgica reminiscente da infância. A peça expandiu os limites do espaço do museu, questionando as percepções do que uma obra de arte pode fazer.