A retrospectiva é baseada na coleção ARTIST ROOMS da Tate, que conta com mais de 1.600 obras de arte moderna e contemporânea de mais de 42 grandes artistas
“ARTIST ROOMS: Ed Ruscha” é a mais recente da série de exposições gratuitas da Tate Modern, que deve receber visitantes até meados de 2020. A mostra conta com obras que abrangem a totalidade da carreira de seis décadas de Ruscha, incluindo grandes pinturas baseadas em texto e sua icônica série fotográfica.
Um dos destaques é uma exibição abrangente de livros do artista, incluindo Various Small Fires, de 1964, e very Building on the Sunset Strip, de 1966, assim como cerca de 40 obras em papel oferecidas pelo artista à Tate para a ARTIST ROOMS, seguindo sua promessa de 2015 de doar todas as futuras impressões feitas por ele à coleção nacional. Isso remete à espetacular generosidade de Ruscha, quando doou sua pintura The Music from the Balconies (1984) à coleção ARTIST ROOMS em 2009.
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O americano Ed Ruscha (1937) é conhecido por sua representação de palavras e frases isoladas, frequentemente sobrepostas a paisagens pitorescas ou apresentando objetos incongruentes e uma variedade de texturas, reais ou simuladas. Seu início de carreira como artista gráfico comercial influenciou fortemente suas técnicas e abordagem temática, fazendo referência à linguagem da propaganda. Embora inicialmente inspirado nos movimentos Neo-Dada e Pop Art, suas pinturas rapidamente demonstraram uma estética única que desafia a fácil categorização. Seus trabalhos baseados em texto, séries fotográficas de paisagens urbanas e livros de artista enigmáticos foram imensamente influentes no desenvolvimento da arte conceitual nas décadas de 1960 e 1970, e sua visão sardônica da banalidade da vida moderna continua a inspirar gerações de artistas.
Ruscha usou materiais não convencionais em seu trabalho gráfico do final dos anos 1960 e 1970: ele desenhou com pólvora e pintou e imprimiu com alimentos e uma variedade de substâncias orgânicas. Em DANCE? (1973), por exemplo, ele usou café, clara de ovo e mostarda.
Los Angeles, cidade que adotou como lar, foi uma inspiração frequente do artista, desde sua arquitetura e topografia até as imagens de midiáticas que ela gera. Esta exposição inclui sua série de fotografias das piscinas e estacionamentos de Los Angeles, além de pinturas inspiradas no cinema clássico de Hollywood, como The Final End (1993).
Nos trabalhos de Ruscha, expressões comuns e citações fora de contexto são combinadas com estereótipos visuais e objetos familiares, gerando imagens que chamam a atenção. Suas obras são caracterizadas por um senso de humor inexpressivo, embora possam também ser interpretados como comentários sobre a cultura do consumo e outros aspectos da sociedade e política americana contemporânea.
Esta exposição é baseada na ARTIST ROOMS, uma coleção de mais de 1.600 obras de arte moderna e contemporânea de mais de 42 grandes artistas. A coleção é exibida em todo o Reino Unido através de um programa de turismo, uma propriedade conjunta da Tate e National Galleries of Scotland, criada através da The d’Offay Donation em 2008, com a assistência do National Heritage Memorial Fund, do Art Fund e dos Governos Escocês e Britânico.
A galeria ARTIST ROOMS abriu no Edifício Blavatnik no dia 17 de junho de 2016, com uma exposição de Louise Bourgeois, seguida por Bruce Nauman em 2017 e Jenny Holzer em 2018.
ARTIST ROOMS: Ed Ruscha tem curadoria de Kerryn Greenberg, Chefe da International Collection Exhibitions, Tate, e Valentina Ravaglia, Assistente de Curadoria, Tate.