O mestre da arte cinética faleceu esta semana, em Paris, aos 95 anos

Franco-venezuelano, Carlos Cruz-Diez nasceu em Caracas no ano de 1923, mas viveu e trabalhou em Paris desde 1960, após uma breve estadia na Espanha. Ele foi um dos protagonistas mais relevantes da arte ótica e cinética, uma tendência artística que reivindica “consciência da instabilidade do real”. Suas pesquisas o revelam como um dos pensadores da cor do século XX.

O discurso plástico do Cruz-Dez gravita em torno do fenômeno cromático concebido como uma realidade autônoma, que evolui no espaço e no tempo, sem a ajuda da forma e mesmo sem a necessidade de suporte, em um presente contínuo.

Seu legado permanece em diferentes coleções, como o Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMa), o Museu Reina Sofía, a Tate Modern em Londres, o Musée d’Art Moderne de la Ville e o Centre Pompidou em Paris; Museu Wallraf-Richartz em Colônia e o Museu de Belas Artes de Houston. Foi nos salões deste último que aconteceu sua maior retrospectiva, batizada de “Carlos Cruz-Diez. Color in Space and Time”, em 2011.