A exposição deste ano é dominada pela arte política; a mostra reflete nossa preocupação atual e intensa com a igualdade de gênero e racial, como um manifesto que aborda esses temas, de forma a refletir as perspectivas históricas da arte mais antiga
A aguardada Whitney Bienal de 2019 já está de portas abertas, marcando a 79ª edição de um dos maiores e mais importantes eventos de arte dos Estados Unidos. O evento fica em cartaz até 22 de setembro de 2019.
Este ano, a bienal fala sobre o estado da cultura americana e como os artistas contemporâneos estão respondendo às condições de vida no país. A mostra se espalha por todo o museu, ocupando seu quinto, sexto e terceiro andar, alcançando desde o saguão até a rua. Os trabalhos de 75 artistas e coletivos que trabalham com pintura, escultura, instalação, cinema e vídeo, fotografia, performance e som estão em exposição nesta Bienal. Além dos EUA, or artistas também vêm do Canadá, Porto Rico, África, Ásia e outros países.
“No último ano e meio – um tempo inegavelmente intenso e polarizado para os Estados Unidos – fizemos centenas de visitas a estúdios. Enquanto frequentemente encontramos emoções mais intensas, eles foram direcionados para a experimentação pensativa e produtiva, uma revisão do self e da sociedade, além das estratégias políticas e estéticas para a sobrevivência. Embora grande parte do trabalho aqui apresentado esteja impregnado de preocupações sociopolíticas, o efeito cumulativo é ilimitado e promissor”, afirmaram as curadoras Jane Panetta e Rujeko Hockley em comunicado à imprensa.
As principais questões e abordagens da exposição incluem a exploração da história como um meio de reimaginar o presente ou o futuro; uma profunda consideração de raça, gênero e eqüidade; e explorações da vulnerabilidade do corpo. Preocupações com a comunidade aparecem no conteúdo e engajamento social do trabalho e também nas formas como os artistas navegam pelo mundo. Muitos dos artistas cujos trabalhos aparecem no programa enfatizam a fisicalidade de seus materiais, seja em esculturas montadas a partir de objetos descartados, pinturas pesadamente trabalhadas ou desenhos minuciosamente detalhados.
“Enquanto estávamos organizando esta exposição, surgiram debates mais amplos na esfera pública no museu, que se tornou o local e o tema do protesto, como tem sido em toda a sua história. Fundamental para a identidade do Whitney é a sua abertura ao diálogo, e as conversas que ocorreram aqui e em todo o país tornaram-se uma lente produtiva através da qual sintetizamos o nosso próprio olhar, pensamento e auto-questionamento”, acrescentam as curadoras.
A Whitney Biennial surgiu em 1932 através da fundadora do museu, Gertrude Vanderbilt Whitney. Sendo realizada continuamente até agora, a bienal se tornou a exposição mais antiga do país a mapear os últimos desenvolvimentos da arte americana.
A Whitney Bienal 2019 está em cartaz até 22 de setembro de 2019, no Museu Whitney de Arte Americana, em Nova York.