Com curadoria de Kasper König, Christina Li e Hamza Walker, artistas de todo o mundo contribuirão para o projeto que desafia fronteiras
Cinquenta anos depois de sua primeira edição, A Art Basel tornou-se um dos eventos de arte mais importantes do cenário, atraindo galeristas, artistas, curadores, jornalistas e amantes da arte de todo o mundo, edição após edição.
Um aniversário tão simbólico exige uma grande comemoração: em 2020, a Art Basel realizará um ambicioso projeto de arte contemporânea em suas três edições locais – Basel, Hong Kong e Miami – com obras de arte encomendadas especialmente para a ocasião.
Esta espécie de Cerberus – três cabeças, mas um corpo comum – terá curadoria de uma equipe multi-nacional liderada por Kasper König, ex-diretor do Museu Ludwig e fundador da Skulpturprojekte Münster, Christina Li, que será curadora Pavilhão de Hong Kong deste ano na Bienal de Veneza; e Hamza Walker, diretor do espaço de exposições LAXART de Los Angeles. Cada um liderará o esforço no continente de onde provêm: König, em Basel; Li, em Hong Kong; e Walker, em Miami Beach.
Como o trio coloca, o projeto terá foco na feira e no mercado “como um local histórico de troca, comércio e competição, e como uma intersecção de diferentes atores e forças, abordando a produção, circulação, mediação e consumo de arte contemporânea em um mundo global“. Os trabalhos em exposição também abordarão as questões que inevitavelmente surgem na vida daqueles que amam e vivem a arte: valor, infraestrutura, sucesso, fracasso, autoria, entre outros. König, Li e Walker esperam mostrar “uma pluralidade de vozes girando em torno de fenômenos significativos dentro da economia neoliberal atual”.
As comissões para o projeto serão lançadas nos próximos meses para artistas internacionais e locais para as respectivas cidades, e a programação será anunciada oficialmente no segundo semestre deste ano.
Art Basel
Fundada em 1970 por uma triarquia de negociantes de arte suíços – Ernst Beyeler, Trudl Bruckner e Balz Hilt, a edição inaugural da Art Basel recebeu 90 galerias de dez países diferentes e atraiu mais de 16.000 visitantes.
De acordo com o primeiro catálogo da feira: “O aumento do tempo livre, bons salários, meios de comunicação de longo alcance e intensa atividade de exposições levaram a um número cada vez maior de pessoas interessadas em arte contemporânea”.
A indomável marcha da arte contemporânea continua: no ano passado, um recorde de 83 mil pessoas passaram pelas portas da feira suíça. E com suas comemorações do 50º aniversário em pleno andamento, a Art Basel sem dúvida esperará mais um ano recorde em 2020.