A aclamada artista cubana e ativista Tania Bruguera fala sobre sua abordagem para a Hyundai Commission 2018, uma resposta da comunidade à crise da migração.
O trabalho faz jus a uma imagem crescente: a quantidade de pessoas que migraram de um país para outro, no ano passado, aumentou o número de mortes de migrantes registradas até agora – indicando a enorme escala de migração em massa e os riscos envolvidos.
Bruguera reuniu um grupo de 21 pessoas que vivem ou trabalham no mesmo código postal da Tate Modern. Chamados “Tate Neighbours”, eles exploram como o museu pode aprender e se adaptar à sua comunidade local. Eles decidiram renomear a Boiler House da Tate Modern por um ano em homenagem à ativista local Natalie Bell. Os Tate Neighbours também escreveram um manifesto que aparece quando você entra no WiFi gratuito do museu.
No Turbine Hall existe um grande piso sensível ao calor. Usando seu calor corporal e trabalhando junto com outros visitantes, você pode revelar um retrato oculto de Yousef, um jovem que deixou a Síria para ir a Londres. Enquanto isso, um som de baixa frequência preenche o espaço com uma energia inquietante. Em uma pequena sala próxima, um composto orgânico no ar induz lágrimas e provoca o que a artista descreve como “empatia forçada”.
Tania Bruguera se envolve com “o papel das emoções na política”. Suas principais preocupações são poder institucional, fronteiras e migração. Seu trabalho abrange performance, eventos, ação, cinema, instalação, escultura, textos e educação, além de trabalhos site-specifics. Muitas vezes, ela se propõe a causar mudanças através de seu trabalho. Ela chama essa abordagem de ‘Arte Útil’, em que as pessoas se envolvem ativamente, ao invés de permanecerem espectadores.