Quem são os artistas mais vendidos deste ano? 

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Veja os 10 artistas mais vendidos do ano (até agora) dos diversos períodos da história da arte

Para marcar a abertura da temporada de leilões de outono, a Artnet lançou seu primeiro relatório de inteligência de mercado. O material é uma colaboração entre a Artnet News e a equipe de Price Database. Este não é o seu típico relatório de mercado de arte, mas é algo novo.

Só nos primeiros seis meses do ano, cerca de US$ 8 bilhões foram gastos nos leilões de arte e design, com um crescimento global de 19% no mercado de belas artes. Este é o mairo crescimento dos últimos quatro anos, mas Bejamin Mandel, estrategista da JP Morgan, aconselha cautela.

Entre os lotes arrematados, duas obras superaram os US$ 100 milhões (por enquanto): Nu couché (sur le côté gauche), 1917, de Amedeo Modigliani, e Fillette à la corbeille fleurie (1905), de Pablo Picasso.

Entre os destaques, o material publicou a lista com os 10 artistas mais vendidos de cada período: Old Masters, artistas impressionistas e modernos, artistas do pós-guerra e artistas contemporâneos. Confira:

Top 10 Old Masters

Talvez mais do que em qualquer outra categoria, a oferta é a força motriz por trás dos resultados do Old Master. Este ano, a Rockefeller Collection vendeu duas obras de alto nível de Corot e Delacroix, impulsionando esses artistas para o top 10. Cranach conquistou o primeiro lugar graças, em grande parte, a três obras multimilionárias que quebraram seu top 15 de resultados em leilões.

Top 10 dos artistas impressionistas e modernos

Você pode pensar: “Picasso é o artista mais famoso do mundo – mas quanto o mercado dele por ver os preços subir mais ainda?”. Até agora, ele não mostra muitos sinais de estabilização.

Picasso gerou mais que o dobro dos valores de venda de Monet, o segundo artista mais vendido desta categoria (e de todas as outras, vale dizer). O mestre

do cubismo continua a liderar, em volume, as vendas em leilão, com 1.527 lotes arrematados (em comparação com apenas 23 obras de Monets). A receita total de vendas de obras de Picasso aumentou impressionantes 114% em relação ao período equivalente do ano passado.

Top 10 dos artistas pós-guerra

O desempenho do mercado de arte pós-guerra ilustra duas tendências aparentemente contraditórias: em primeiro, o fascínio incontrolável pelos grandes nomes; e em segundo, a ânsia do mercado em se agarrar a talentos anteriormente negligenciados ou subvalorizados.

O mercado de Warhol oferece um excelente exemplo da primeira tendência. Os trabalhos do artista pop geraram US$ 175,8 milhões em leilão, 42% a mais que no mesmo período do ano passado.

Enquanto isso, as vendas totais do pintor modernista chinês-francês Zao Wou-Ki – um nome com crescente reconhecimento internacional – mais do que dobraram, graças à forte demanda tanto na China quanto na Europa.

Mas talvez as histórias de sucesso mais notáveis sejam as de duas superpotências em ascensão no mercado, que quebraram seus recordes neste ano: Mitchell e Hockney. Mitchell, cujo patrimônio foi arrebatado pelo gigante David Zwirner em maio, é o único artista no top 10 a vender todos os trabalhos que chegam aos leilões (também conhecido como 100% de taxa de sell-through).

A ascensão de Hockney é ainda mais íngreme. O artista, cuja retrospectiva se encerrou no Metropolitan Museum of Art de Nova York em fevereiro, viu um aumento impressionante de 225% nas receitas de leilão, maior do que qualquer outro artista vivo. Ainda mais impressionante, o número de lotes de Hockney vendidos em leilão caiu, na verdade, quase 15% em relação ao período equivalente em 2017, então o pico não é devido a uma enxurrada de obras.

O novo recorde de US$ 28,4 milhões por um Hockney foi estabelecido em maio, por uma paisagem de 1990 que nem sequer é de uma de suas séries mais cobiçadas, superando seu recorde anterior em 143%. Essa tendência parece continuar: o bilionário Joe Lewis está supostamente vendendo na Christie’s o famoso Portrait of an Artist (Pool with Two Figures), obra de 1972 de Hockney, com uma estimativa de 80 milhões de dólares. Esse preço faria dele o artista mais caro ainda vivo.

Top 10 dos artistas contemporâneos

Três artistas desta lista conseguiram vender todas as obras que chegaram a leilão nos primeiros seis meses do ano: Bradford (9 de 9), Marshall (15 de 15) e Stingel (18 de 18).

A venda de US$ 21,1 milhões de Marshall em maio – um aumento de mais de 300% em relação ao seu recorde anterior – ajudou-o a tirar o sétimo lugar de Koons na lista. Todos os três artistas têm uma produção relativamente baixa e uma longa lista de compradores interessados (incluindo instituições), o que dificulta a aquisição do trabalho pelas galerias.

Enquanto isso, Condo consolidou seu lugar como o sexto artista contemporâneo mais desejável em leilão neste ano, com US $ 39,1 milhões em vendas totais. E embora ele não tenha chegado ao Top 10, o artista americano KAWS, conhecido por figuras brilhantes inspiradas na Pop Art, merece uma menção honrosa. Sua receita total em leilão cresceu 146% – mais do que a de qualquer outro artista contemporâneo – chegando a US $ 10,6 milhões.

Aqui, você pode conferir o relatório na íntegra (em inglês).

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