Após reforma de US$ 26 milhões, Tate St Ives vence prêmio de museus do Reino Unido

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A expansão subterrânea ajudou a instituição a conquistar o prestigiado prêmio – que escapou da Tate Modern e Tate Britain

A Tate St Ives, um dos braços da Tate, conseguiu algo que até agora veio se esquivando dos irmãos maiores da instituição – a Tate Modern e a Tate Britain. Esta semana, tornou-se o primeiro da família a levar o Art Fund Museum of the Year, o mais proeminente prêmio do Reino Unido.

A diretora da Tate, Maria Balshaw, recebeu o título e também o prêmio de £ 100 mil (US$ 132.353) em nome da equipe de St Ives. O artista britânico de instalação e cineasta Isaac Julien e Andria Zafirakou, conhecido como “o melhor professor de arte do mundo”, presentearam Balshaw com o estimado prêmio no Victoria and Albert Museum de Londres na noite de 5 de julho.

Tate St Ives by Jamie Fobert Architects Photography © Hufton+Crow.

O museu vencedor foi reaberto em outubro de 2017, depois de uma expansão e reforma maciça em suas galerias, estimada em 20 milhões de libras (US$ 26 milhões). Localizado na cidade de pescadores da Cornualha, que se tornou palco do modernismo no final dos anos 1930, o local à beira-mar já recebeu mostras impressionantes desde sua reinauguração, de nomes como Rebecca Warren, Virginia Woolf e Patrick Heron.

A premiação é um tributo a Mark Osterfield, ex-diretor executivo da Tate St Ives, que liderou sua expansão. O projeto nem sempre foi tranquilo – ainda assim, ele estava lá para receber o prêmio, mesmo tendo saído recentemente após uma reestruturação da equipe.

Art Fund Prize

O prêmio Art Fund está aberto a todos os museus do Reino Unido. Os juízes buscam excelência e inovação, que também foram encontradas nas quatro instituições que foram vice-campeãs este ano: o Museu Brooklands de transporte e aviação em Weybridge, a Ferens Art Gallery em Hull, o Museu Postal de Londres e a Glasgow Women’s Library.

Apesar de ser a primeira vez para a Tate St Ives, Balshaw já esteve aqui antes. Há três anos, ela administrava a Whitworth Gallery, em Manchester, que ganhou o Art Fund Prize de 2015. Essa conquista ajudou a abrir caminho para o trabalho na Tate.

Tate St Ives

Foram os artistas que começaram a colonizar o pitoresco porto de pesca no século XIX. Desde 1900, ilustres nomes locais como Barbara Hepworth, Ben Nicholson, Alfred Wallis, Bernard Leach, Sandra Blow e Terry Frost foram reconhecidos por povoar a cidade. Mas os mais famosos refugiados do local foram Piet Mondrian e Naum Gabo, que vieram a St Ives para escapar da Blitz em Londres durante a Segunda Guerra Mundial, antes de ir para a América. Marc Rothko também a visitou na década de 1950.

Obras de muitos desses notáveis artistas imigrantes foram exibidas quando as galerias da Tate St Ives reabriram, em 2017. No passado, os visitantes às vezes ficavam desapontados ao encontrar apenas alguns artistas da St Ives em exibição. A mostra atual, uma grande retrospectiva do artista local Patrick Heron, faz pleno uso de sua nova extensão subterrânea, preenchendo os espaços altos com pinturas figurativas e abstratas coloridas. “Patrick Heron” fica em exibição até 30 de setembro na Tate St Ives e depois viaja para a Turner Contemporary, Margate.

Via Artnet

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