Projeto tem previsão de custo de € 466 milhões, três anos de duração e inclui seis novas galerias e uma entrada patrocinada pela Chanel
O Grand Palais em Paris – edifício histórico construído em 1900 para abrigar a Universelle (feira internacional de arte) – permanecerá fechado por três anos, para a maior reforma de sua história. Isso significa que, a partir de 2020, as feiras Fiac e Paris Photo devem se deslocar para locais temporários.
De acordo com os planos detalhados anunciados pela “Réunion des musées nationaux” (RMN), órgão cultural governamental que administra o prédio, será inaugurada uma nova entrada que levará da Praça Jean Perrin ao reformado Palais de la découverte, um museu de ciências adjacente ao Grand Palais. Uma nova rua interna para pedestres, chamada Rue des Palais, também será construída, ligando as diferentes partes do vasto complexo histórico. Entre uma e quatro exposições serão exibidas anualmente em seis espaços de exibição remodelados. O trabalho será realizado pelos arquitetos franco-italianos LAN (Local Architecture Network).
“Novas salas oferecerão uma experiência cultural permanente”, diz uma declaração da RMN. “Uma delas apresentará as coleções nacionais [francesas]através de uma exposição digital interativa. Outra será dedicada à rica história do Grand Palais e aos eventos que abrigou desde 1900. Uma obra-prima da coleção nacional será apresentada em outro espaço”.
Projeção do terraço do Grand Palais depois do restauro
Obra de três anos de duração
Uma porta-voz da RMN diz que o local estará “totalmente fechado a partir de dezembro de 2020; A Rue des Palais, Nef [nave]e as Grandes Galerias vão abrir na primavera de 2023”.
Durante as Olimpíadas de Verão de 2024, esgrima e taekwondo serão disputados no local histórico. O fechamento, no entanto, causará agitação no calendário de feiras de arte, com três grandes eventos – Fiac, Paris Photo e La Biennale Paris – sendo obrigados a mudar para locais temporários. Os organizadores dos três ainda não confirmam novos locais.
O governo francês doará € 288 milhões, de um total de € 466 milhões de custos previstos; o RMN também emprestará € 150m. A grife Chanel, cujo designer Karl Lagerfeld usa o espaço para suas apresentações, vai doar € 25 milhões; em troca, a grande entrada ornamental do edifício será renomeada.
Em um comunicado, a secretária de cultura Françoise Nyssen disse: “No final de 2020, pouco mais de um século após a sua criação, o Grand Palais virará uma página em sua história e começará uma transformação que permitirá que finalmente entre no século XXI”.
Projeção da nave e balcões do Grand Palais
