“Loving Vincent”, primeiro filme pintado do mundo, está entre os candidatos de 2018
Biografias são comuns no cinema, mas “Loving Vincent”, sobre o icônico artista holandês Vincent van Gogh, se destaca na categoria como o primeiro filme inteiramente “pintado” do mundo. Tanta engenhosidade foi recompensada com uma indicação para Melhor Filme de Animação na próxima edição do Oscar, que acontece em Los Angeles no dia 4 de março.
“Tudo começou em um sótão, pouco antes do meu 30º aniversário, quando me senti perdida com o que estava fazendo com a minha vida. É inacreditável que tenha levado a isso”, disse Dorota Kobiela, que co-dirigiu o filme com seu marido, Hugh Welchman. “Nossos sonhos foram sustentados por Vincent, então eu gostaria que ele estivesse aqui para poder agradecer também a ele”.
Vídeo: trailer de “Loving Vincent”, filme sobre biografia de Van Gogh
Em uma categoria conhecida por apresentar filmes infantis, “Loving Vincent” é comparativamente agressivo, contando a história sombria dos últimos dias do artista. Embora se pense que Van Gogh se suicidou, o filme explora a possibilidade de que ele realmente tenha sido assassinado.
Disputando o prêmio, “Loving Vincent” enfrenta filmes mais populares, incluindo o favorito “Coco” (Viva – A Vida é Uma Festa) da Pixar; “The Boss Baby” (O Poderoso Chefinho) da DreamWorks Animation; e Ferdinand (O Touro Ferdinando), da Blue Sky Studios. Completando a categoria vem “The Breadwinners”, do Cartoon Salon, que conta a história de uma menina que vive sob o Talibã no Afeganistão, e se veste como menino para ajudar na sobrevivência da família.
“Loving Vincent” foi criado como um filme live-action: um exército de 125 artistas depois o converteu em imagens, frame a frame, em 65 mil pinturas a óleo, pintando cuidadosamente cada tela para reproduzir as ações à medida que se desenrolavam.
“Este ano eu sou uma das duas diretoras indicadas nesta categoria, que até agora tinha apenas quatro mulheres entre todos os 72 diretores já indicados. Talvez este seja o ano em que possamos começar a mudar esse desequilíbrio “, disse Kobiela. “Sobretudo, estou orgulhosa de meus pintores (mais de 60 por cento das quais eram mulheres), atores e equipe. Eles acreditaram em um empreendimento que muitos consideravam loucura: pintar à mão um filme inteiro em óleo sobre tela”.enino para trabalhar e ajudar sua família.
Via ArtNet