A semana de leilões de arte contemporânea de Nova York está próxima e um dos destaques é o tríptico pintado por Bacon em 1961
A noite de vendas de arte contemporânea da Sotheby’s, que acontece em Nova York no próximo dia 16, será encabeçada por “Three Studies of George Dyer”, tríptico raro de Francis Bacon que mostra o artista no auge de seu poder. George Dyer era uma figura singular na obra de Bacon, retratado em mais de quarenta telas, pintadas tanto após sua morte quanto durante sua vida. No entanto, os trípticos de Dyer nesta escala íntima são excepcionalmente raros. A obra em destaque foi exibida logo após sua execução e nunca mais vista publicamente desde então. O tríptico será leiloado pela primeira vez e tem expectativa de venda entre US$ 35 e 45 milhões.
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Grégoire Billault, chefe de arte contemporânea da Sotheby’s Nova York, observou: “Os trípticos de George Dyer ocupam um lugar particularmente importante na obra de Francis Bacon, especialmente Three Studies of George Dyer, de 1966. Ao vê-lo pela primeira vez, há alguns meses atrás, fiquei simplesmente maravilhado”.
Bacon se baseou nas fotografias famosas de Dyer tiradas por John Deakin – que, mais tarde, foram descobertas rasgadas, despedaçadas e pintadas entre o lixo do estúdio – para criar os retratos fortemente distorcidos usando seu vocabulário visual único. As pinceladas gestuais dramáticas de cor luminosa são enquadradas por um fundo dramático de preto denso para ilustrar magistralmente o manuseio da tinta por Bacon, criando um retrato que engloba toda a gama do amor tempestuoso e apaixonado dele e Dyer.
De acordo com o mito popular, Bacon encontrou Dyer pela primeira vez em sua casa, em uma noite em 1963. Os dois se apaixonaram profundamente e, a partir de então, Dyer teve grande importância tanto na vida quanto na arte de Bacon.
Embora ele continuasse a pintar Dyer mesmo após seu, suicídio em 1971, Bacon nunca o retratou neste formato altamente carregado e íntimo. “Three Studies of George Dyer” (1961) é um dos cinco trípticos de Dyer neste formato, que Bacon reservou para o que são considerados os retratos mais profundamente pessoais e intensos do século XX. Desses cinco, dois estão em coleções de museus: o Tel Aviv Museum of Art e o Louisiana Museum of Art, em Humlebæk.
