Revigorada, a instituição foca nos artistas que já trabalharam nesta cidade litorânea, agora com o dobro do espaço expositivo para abrigar as obras
A nova Tate St Ives abriu suas portas em 14 de outubro, depois da conclusão de um projeto que dobrou a capacidade do seu espaço expositivo. A área foi ampliada para 600m² de galerias, espaço suficiente para acomodar os cerca de 250 mil visitantes anuais da instituição – mais do que o triplo de pessoas para a qual foi inicialmente projetada.
Com a expansão, a Tate St Ives agora consegue exibir permanentemente artistas icônicos do século XX que viveram e trabalharam na cidade, incluindo Alfred Wallis, Ben Nicholson e Barbara Hepworth, demonstrando o papel de St Ives na história de Arte Moderna. Em paralelo, a instituição investe em um novo programa com mostras temporárias, começando com a primeira grande exposição da escultora Rebecca Warren no Reino Unido.
O novo edifício, cravado no penhasco ao lado do prédio original, oferece aos artistas e curadores um espaço sem coluna, iluminado por seis claraboias enormes. Projetado pelo premiado Jamie Fobert Architects, permitirá pela primeira vez que a Tate St Ives permaneça aberta durante todo o ano, sem a necessidade de fechar para as trocas de exposições. Com um jardim público em seu telhado, conectado ao penhasco acima e à praia, abaixo, o prédio também adiciona espaços administrativos e de apoio aos visitantes. Revestido em azulejos cerâmicos feitos à mão em azul-esverdeado, o edifício é projetado para refletir as mudanças de cores do céu e do mar.
Exposições de reabertura
O edifício original da Tate St Ives abriga atualmente uma exposição que explora a arte moderna local e seu relacionamento com o mundo. Ela oferece uma visão cronológica da arte do século XX, na perspectiva de St Ives, incluindo artistas britânicos e internacionais desde Peter Lanyon, Barbara Hepworth e Terry Frost até Piet Mondrian, Naum Gabo e Paule Vézelay.
A exposição inaugural da nova galeria apresenta trabalhos novos e recentes de Rebecca Warren, conhecida por suas esculturas de argila exuberantes e trabalhadas. Em 2018, este espaço será usado para uma exposição de mulheres artistas inspiradas por Virginia Woolf, uma retrospectiva das pinturas vibrantes de Patrick Heron e um projeto especialmente encomendado pelos artistas contemporâneos Nashashibi / Skaer.