35ª edição do Panorama da Arte Brasileira ocupa o MAM

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Este ano, a tradicional exposição bienal do museu analisa o estado atual da arte no país, sob o tema “Brasil por Multiplicação”

O título da 35ª edição do Panorama da Arte Brasileira do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) foi inspirado num texto do crítico e professor de literatura Roberto Schwarz, “Nacional por Subtração”, publicado em 1986. Só que, no lugar de subtração, o curador da mostra, Luiz Camillo Osório, escolheu o termo multiplicação.

Em cartaz no MAM até 17 de dezembro, com entrada gratuita aos sábados, a mostra propõe uma reflexão sobre algumas questões fundamentais para a discussão sobre arte e cultura nacionais na contemporaneidade, como a participação do espectador (tátil, visual, semântica), a tomada de posicionamento político, ético e social e as novas formulações do conceito de anti-arte.

Cadu - Soy mandala, 2017. Instalação, vídeo fio de algodão, 8 minutos

Cadu – Soy mandala, 2017. Instalação, vídeo fio de algodão, 8 minutos

Subvertendo a visão do texto que inspirou a mostra, que explica que a produção cultural se dá através da subtração pelo estrangeiro, este 35º Panorama apresenta a singularidade brasileira de uma perspectiva tropicalista: um acúmulo de camadas superpostas, mas nunca alinhavadas e em constante mudança.

A exibição contará com artistas que trabalham com narrativas diferentes, tanto nas artes visuais, como também em arquitetura, dança e cinema. Entre eles, estão o Coletivo Mão na Lata, do Complexo da Maré, com uma seleção de fotos com olhar intrínseco de quem vive na comunidade carioca, e o Coletivo Movimento dos Artistas Huni Kuin (MAHKU), do povo indígena HuniKuin, do Acre, que apresentam o Projeto Parede, com desenhos baseados nas tradições da vida na floresta.

Sobre o Panorama

O Panorama da Arte Brasileira, ou Panorama, como é mais conhecido, foi criado em 1969 com o propósito de reconstruir o acervo do MAM. Desde então adquiriu inúmeras obras para a coleção do museu, de artistas como Alfredo Volpi, Maria Bonomi, Abraham Palatnik, e Ernesto Neto, entre outros.

Artistas participantes:

Grande Sala
Barbara Wagner e Benjamin de Burca (Brasília/ Alemanha)
Beto Shwafaty (São Paulo)
Cadu (São Paulo)
Fernanda Gomes (Rio de Janeiro)
Jorge Mario Jáuregui (Rio de Janeiro)
Karim Aïnouz e Marcelo Gomes (Ceará/ Pernambuco)
Leandro Nerefuh (São Paulo)
Marcelo Evelin (Piauí)
Marcelo Silveira (Pernambuco)
Ricardo Basbaum (São Paulo)
Romy Pocztaruk (Rio Grande do Sul)
Rua Arquitetos (Rio de Janeiro) e MAS Urban Design, ETH Zurich
Wagner Schwartz (Rio de Janeiro)

Sala de Vidro
João Modé (Rio de Janeiro)

Sala Paulo Figueiredo
Coletivo Mão na Lata e Tatiana Altberg (Rio de Janeiro)
Dora Longo Bahia (São Paulo)
Lourival Cuquinha e Clarisse Hoffmann (Pernambuco)
José Rufino (Paraíba)

Projeto Parede
MAHKU – Movimento dos Artistas Huni Kuin (Acre)

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