Uma das principais instituições dedicadas à arte no mundo, Tate divulga um relatório com números bastante expressivos para o período entre 2016 e 2017
A Tate publicou seu Relatório Anual sobre o período 2016/17. A abertura do Blavatnik Building em junho de 2016 estabeleceu definitivamente a Tate Modern como um dos maiores locais do mundo dedicados a arte no século XXI. Os espaços recém-inaugurados atraíram mais de um milhão de visitantes no primeiro mês e um recorde de 6,4 milhões de visitantes em um ano.
A coleção exibida na Tate Modern foi amplamente reorganizada para refletir fronteiras cada vez mais amplas e corrigir o equilíbrio de gênero, com o trabalho de mais de 300 artistas de mais de 50 países.
Os números de visitantes registrados pela Tate foram notáveis: 8,4 milhões em seus quatro espaços – um novo recorde em um único ano. Na Tate Britain, David Hockney foi a segunda mostra mais popular na história de Tate, depois de “Matisse: The Cut-Outs”, alcançando com 478.082 visitantes.
Ampliando o público
Ao analisar o valor da arte para a sociedade, a Tate está ampliando seu público. O projeto Tate Exchange foi fundamental para isso, lançado na Tate Modern e Tate Liverpool. Trabalhando com mais de 60 instituições, muitas delas não diretamente relacionadas às artes e convidando o público para contribuir com eventos e workshops, atraiu mais de 230 mil pessoas no primeiro ano, muitas das quais nunca estiveram em uma galeria de arte.
Durante este ano, os esforços em acelerar a oferta digital também foram intensos. Dois novos espaços digitais interativos foram abertos no Blavatnik Building e um novo aplicativo de celular foi lançado para inspirar o público em sua jornada na galeria. Já a série de filmes TateShots comemorou seu décimo aniversário em 2017. Quase 500 curtas-metragens foram publicados, atraindo milhões de visualizações on-line.
Acervo espalhado pelo mundo
Compartilhar a coleção é uma característica fundamental da Tate e, em 2016/17, foram emprestadas inúmeras peças a diversos locais, com o número internacional aumentado em quase 30%. No total, 1.079 trabalhos foram a 233 lugares do mundo, em 29 países. Pela primeira vez, foram enviadas obras para Cingapura e Chipre. Muitas das exposições com curadoria da Tate foram apresentadas internacionalmente. “Nude: Art from the Tate Collection” foi para Sydney e depois para Auckland. Uma exposição de obras de Freud, Bacon e outros foi emprestada ao Museu J. Paul Getty em Los Angeles, onde atraiu mais de 167 mil visitantes.
No Reino Unido, 513 obras foram emprestadas para 113 locais. Com base no sucesso da turnê “Great Salisburypainting”, de Constable, a Tate iniciou um novo projeto com a requintada pintura a óleo recentemente adquirida de William Stott de Oldham, “Le Passeur” (1881). A tela irá para locais na Escócia, Inglaterra e País de Gales.
Aquisições e novidades
Durante o período, 1.113 obras entraram para a coleção da Tate, com um valor total estimado em £ 27.4 milhões. As principais aquisições incluíram “Tree” (2010) de Ai Weiwei, “Issei Sagawa” (2014), de Luc Tuymans, um importante grupo de obras de Louise Bourgeois, “Epidauros II” (1961), de Barbara Hepworth, “African Adventure” (1999-2002), de Jane Alexander, e a extraordinária coleção de cartazes russos de David King.
Enquanto isso, as obras estão chegando ao fim na Tate St Ives, que será totalmente aberta em outubro de 2017. A galeria atrai mais de 200 mil visitantes por ano e movimenta £11 milhões na economia local. Com as instalações melhoradas e espaços espetaculares para obras em grandes formatos, as exposições temporárias devem melhorar significativamente a oferta para os visitantes.