Sotheby’s inclui a arte latino-americana em suas vendas de arte contemporâneas

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O mercado amadureceu muito desde que a cada realizou sua primeira venda de arte latino-americana em 1979

Em uma mudança da prática já estabelecida, os planos da Sotheby’s para integrar a arte contemporânea latino-americana em suas vendas de arte contemporânea em Nova York começam nos próximos meses. Este passo se dá em reconhecimento da crescente audiência e o apetite por obras de artistas latino-americanos e vem em um momento em que colecionadores e museus estão começando a integrar perfeitamente o trabalho latino-americano em suas coleções de arte pós-guerra.

As obras, que normalmente seriam incluídas nas vendas latino-americanas de arte contemporânea, serão vendidas nos leilões dedicados a arte contemporânea. Os lotes continuarão a ser selecionados e obtidos pelos especialistas existentes em arte latino-americana e contemporânea. A Sotheby’s também continuará a organizar leilões bianuais especializados em arte moderna latino-americana.

Sandías Y Naranja (1957), de Rufino Tamayo

Sandías Y Naranja (1957), de Rufino Tamayo

Mudança no cenário da arte latina

O mercado mudou significativamente desde que a Sotheby’s realizou seu primeiro leilão de arte latino-americana, em 1979. “Quando a Sotheby’s criou os leilões de arte latino-americano no final da década de 1970, os trabalhos oferecidos eram basicamente figurativos e mexicanos”, disse Axel Stein, chefe do Departamento de Arte Latino-Americano da casa em um comunicado. “Com o surgimento e reconhecimento de artistas contemporâneos no México, Brasil, Venezuela, Cuba, Colômbia e Argentina, entre outros, um novo interesse se desenvolveu no mercado”.

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A nova aposta da Sotheby’s coincide com o fortalecimento do grupo de emergentes colecionadores latino-americanos com poder de compra e o impulsionamento dos museus por integrar de forma mais ampla a arte latino-americana em suas exposições. No outono norte-americano, dezenas de instituições do sul da Califórnia apresentarão exposições explorando o relacionamento entre a arte latino-americana e Los Angeles, enquanto o MoMA de Nova York planeja apresentar trabalhos de artistas latino-americanos recentemente doados por Patricia Phelps de Cisneros, ao lado de seus pares europeus e norte-americanos.

Allan Schwartzman, presidente da divisão de belas artes da Sotheby’s, declarou que espera que o movimento “abra as portas” para que os colecionadores explorem “novos reinos de artistas brilhantes, únicos e historicamente importantes – alguns dos mais importantes de nos últimos 70 anos”. Ele complementa: “Damos as boas-vindas a esta oportunidade de orientar os clientes da Sotheby’s em descobrir o que pode parecer um novo mundo de uma excelente produção artística, assim como os principais historiadores da arte e museus, desde o MoMA até a Tate, têm feito cada vez mais”.

Via Artnet

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